Vale dos Vinhedos: guia completo com dicas de vinícolas e roteiro turístico
O Vale dos Vinhedos é uma rota rural de enoturismo e gastronomia com paisagens e experiências apaixonantes. Uma região de colinas recheadas de história, identidade e cultura dos imigrantes italianos que chegaram aqui no século 19.
Neste pequeno trecho da Serra Gaúcha cheio de hospitalidade é possível percorrer e visitar mais de 50 atrativos como parreirais, queijarias, ateliês de arte, restaurantes premiados, bistrôs charmosos, fábricas de doces, chocolates e produtos coloniais. A rota conta ainda com hotéis e pousadas, incluindo um famoso Spa.
O carro-chefe são as quase 30 vinícolas de diferentes tamanhos e produção, que vão desde pequenas propriedades rurais a adegas-boutique. Algumas oferecem visitas guiadas com degustação gratuita.
Os vinhos do Vale dos Vinhedos são os únicos no Brasil com Denominação de Origem. Isso significa que a bebida produzida aqui tem terroir único, apresentando condições geográficas exclusivas e não encontradas em outras partes do mundo.
É um dos melhores destinos do Brasil para quem aprecia vinhos e espumantes, a maioria com premiação internacional.
ONDE FICA O VALE DOS VINHEDOS
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O Vale dos Vinhedos fica na região da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. O roteiro engloba três cidades: Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. Está a 122 quilômetros de Porto Alegre e a 120 quilômetros de Gramado.
A infraestrutura turística é impecável. Tem um centro de informações logo na entrada do vale e as duas principais vias que compõem o Vale dos Vinhedos — a Estrada do Vinho (RS 444) e a Via Trento (Linha Leopoldina) — são asfaltadas e tem boa acessibilidade.
É justamente neste trecho da Estrada do Vinho e da Via Trento (a três quilômetros do centro de Bento Gonçalves) que você vai encontrar os principais atrativos, incluindo aí lojas de artesanato, restaurantinhos de charme e algumas das vinícolas mais famosas do Brasil.
Já Garibaldi, cidade histórica com lindos casarões preservados, abriga a Rota do Espumante e está a 13 quilômetros de Bento Gonçalves. Monte Belo do Sul fica a 18 quilômetros e é o trecho que possui menos atrativos cadastrados no Vale dos Vinhedos.
QUAL A MELHOR ÉPOCA PARA CONHECER O VALE DOS VINHEDOS
Vinícola Barcarola, na Via Trento
O Vale dos Vinhedos funciona o ano inteiro. É possível visitar a região em qualquer estação. Outono e primavera sempre terão temperaturas mais amenas. Mas apesar de ser uma região usualmente relacionada ao frio, a alta temporada aqui ocorre no verão.
É que de janeiro a março acontece a Vindima, a grande colheita das uvas. Nesta época, os parreirais estão verdinhos, carregados e há diversas festas para celebrar o período de fartura. Muitas propriedades abrem o espaço para a pisa das uvas e os restaurantes costumam ter uma programação especial.
Por outro lado, o inverno combina muito com vinho e com o clima romântico da região. Nas duas vezes em que estive no Vale dos Vinhedos eu fui nesta época. A primeira em junho; a segunda, em agosto.
Os parreirais estavam sequinhos, dando outra fotogenia à região. Nestes dois meses as hospedagens no Vale do Vinhedo estavam sensivelmente mais baratas do que em julho e, principalmente, em janeiro, obviamente.
Dica extra | Para quem quer ver a Serra Gaúcha tomada pelos canteiros de hortênsias os melhores meses são novembro e dezembro.
QUANTOS DIAS PARA PERCORRER O VALE DOS VINHEDOS
O trecho que compõe o Vale dos Vinhedos tem mais ou menos 90 quilômetros quadrados. Não é uma área grande. Mas abriga dezenas de atrativos com programação extensa durante o ano todo como cursos de degustação, festivais enogastronômicos, eventos culturais e a própria festa da colheita.
Para fazer uma viagem tranquila e conhecer pelo menos metade (mas não tudo) do que o vale oferece são necessários, pelo menos, 4 dias inteiros. Mas isso vai do seu interesse particular na região. Tem gente que faz bate e volta de Gramado, por exemplo, só para conhecer uma ou outra vinícola.
O QUE VISITAR NO VALE DOS VINHEDOS
Essa é a tarefa mais complexa da rota já que são dezenas de vinícolas, restaurantes, lojas, queijarias, cafés — até a maravilhosa loja de fábrica da Tramontina fica ali perto, na cidade de Carlos Barbosa, a 18 quilômetros de Bento Gonçalves.
Para percorrer o circuito sem afobação o ideal é você se programar para conhecer uma vinícola de manhã e outra à tarde. E vai ser no caminho entre uma e outra que você experimentará a grande graça do Vale dos Vinhedos.
Durante todo o percurso — tanto da Estrada do Vinho (RS 444) quanto da Via Trento (Linha Leopoldina) — você encontra casarões antigos, igrejinhas centenárias, grandes parreirais e as casas de queijos, salames, doces, biscoitos e artesanato.
QUAIS VINÍCOLAS VISITAR NO VALE DOS VINHEDOS
Essa costuma ser a maior dúvida, principalmente para quem entende de vinhos e quer ter uma experiência de alto nível durante a viagem. Abaixo, um pequeno resumo só para você se situar.
VINÍCOLAS MAIS FAMOSAS
– Miolo | VEJA NO MAPA
É a maior exportadora de vinho do Brasil. Durante a visita guiada o turista é apresentado ao belíssimo Vinhedo Modelo, tanques de elaboração, barricas e caves de espumante. O tour é acompanhado por um enólogo ou sommelier que conta toda a história desde a fundação da Miolo em 1897.
A visita custa R$ 35 e inclui as degustações dos rótulos célebres da vinícola. Há um bônus de R$ 10 para compras na lojinha. Crianças de 02 a 17 anos pagam R$ 15 e têm direito à visita e a uma garrafa de suco de 300 ml. Fica na Estrada do Vinho. Veja valores atualizados aqui.
É uma das mais bonitas do Vale dos Vinhedos. A Casa Valduga foi a primeira vinícola a introduzir o Enoturismo na região, abrindo as portas para receber os visitantes. O tour é um dos mais elaborados do roteiro e leva o turista a uma imersão no mundo da uva e do vinho. São dois tipos de visitas, a Tradicional e a Noturna. A Visita Tradicional, que dura em torno de 1h30, dá direito a cinco degustações, uma taça gravada com o nome da vinícola e custa R$ 50. Menores de 18 anos não pagam (e não bebem, claro).
Já na Visita Noturna é possível conhecer as caves subterrâneas, degustar um vinho tinto diretamente das barricas de carvalho e participar de um jantar com comida típica italiana. A experiência dura três horas e os preços são sob consulta. Fica na Via Trento. Veja valores atualizados aqui.
– Salton | VEJA NO MAPA
Foi a primeira vinícola que visitei quando estive aqui há alguns anos. (Na época era gratuita!) Hoje, a Salton — uma das mais conhecidas entre os brasileiros — oferece duas visitas distintas, o Tour Intenso (R$ 30 com degustação de cinco rótulos) e o Tour Gerações (R$ 80 com degustação de seis rótulos premium harmonizados com tábua de frios).
Ambos passam pelos vinhedos, ala histórica, caves subterrâneas, laboratórios e engarrafamento. A Salton não está exatamente no Vale dos Vinhedos. Fica no Vale do Rio das Antas, Distrito de Tuiuty, a 13 quilômetros do centro de Bento Gonçalves. Mas é tudo na mesma região. Veja valores atualizados aqui.
VINÍCOLAS BOUTIQUE
– Lídio Carraro | VEJA NO MAPA
É uma das vinícolas mais jovens do Vale dos Vinhedos. Começou a comercializar seus rótulos há seis anos. Tem uma filosofia purista. A proposta é elaborar vinhos que não passem por barricas (para não mudar os aromas naturais da cepa), sem correção de álcool ou filtração. Deu um grande salto justamente quando um dos rótulos da marca foi o vinho oficial da Copa do Mundo de 2014.
A Lídio Carraro não tem passeio pelo interior da vinícola ou parrerais, mas oferece três tipos de degustação com explanação do processo e história da empresa: Degustação Premium (R$ 25 com degustação de 5 rótulos das linhas Premium), Degustação Top Premium (R$ 50 com degustação de 9 rótulos: 6 das linhas Premium e 3 da linha Top Premium) e Degustação Raridades (R$ 120 com degustação de 12 rótulos, 6 das linhas Premium, 3 das linhas Top Premium da Vinícola e 3 rótulos “Raridades”. Esta última exige um mínimo de oito pessoas.). Fica na Estrada do Vinho. Veja valores atualizados aqui.
É uma vinícola familiar comandada pelos irmãos Magda e Márcio Brandelli, filhos do Laurindo Brandelli — fundador da Vinícola Don Laurindo. Apesar de ser uma empresa nova para os padrões do Vale dos Vinhedos (foi inaugurada em 2008), já é considerada uma das melhores da região. Tem uma sede moderna e envidraçada.
Só o caminho de entrada entre pinheiros e parreirais já vale a pena. Oferece uma visita guiada sem custo (mas sem direito à degustação). Já quem quiser provar os vinhos paga um valor que varia de R$ 50 a R$ 90, dependendo do tipo e quantidade de rótulos escolhidos. Fica na Estrada do Vinho. Veja valores atualizados aqui.
Criada pela família Petrolli, a vinícola Barcarola é especializada na elaboração de vinhos autorais em pequenos lotes com garrafas numeradas de acordo com a colheita de cada ano. A empresa cultiva castas típicas da região de Trento, na Itália — como Rebo, Lagrein e Teroldego.
O visitante é atendido de forma personalizada pelos proprietários ou enólogos da família que contam detalhes da história e da produção da casa. A degustação de vinhos e espumantes é gratuita. Fica na Via Trento.
VINÍCOLAS INTIMISTAS
– Angheben | VEJA NO MAPA
Aqui não há passeio pelos vinhedos nem tour guiado por caves subterrâneas. O negócio da Angheben é o contato direto dos produtores com os visitantes. Considerada uma das menores vinícolas do vale, a adega produz cerca de 20 mil garrafas por ano. A ideia é elaborar vinhos finos que expressem fielmente o terroir da região, considerado único no mundo.
Comandada por pai e filho enólogos — Idalencio Francisco Angheben e Eduardo Angheben — toda a produção é feita num grande galpão. Ali, recebem os turistas para longas conversas e histórias. Atendimento simpaticíssimo e acolhedor. Não tem site. Fica na Estrada do Vinho (RS 444 KM 04). Agendamento pelo telefone: (54) 3459-1261 ou pelo e-mail adega@angheben.com.br. Valores sob consulta.
Não chega a ser tããão intimista quanto a Angheben, mas a Don Laurindo preserva na sua essência a tradição e arte vinícola transmitidas de pai para filhos. Já são cinco gerações da família Brandelli dedicadas ao cultivo das uvas e produção de vinhos. Hoje, o turista é recebido pelo enólogo Ademir Brandelli, filho do fundador Don Laurindo Brandelli, falecido em 2014.
São oferecidas quatro degustações: Perlage, Prima, Ícone e Singolare — com valores que variam de R$ 60 a R$ 100. Além das degustações, tem loja e wine bar com todos os rótulos Don Laurindo, além de produções exclusivas com quantidades limitadas. É possível visitar os vinhedos e provar as uvas no pé em época de colheita. Fica na Estrada do Vinho. Veja valores atualizados aqui.
VINÍCOLAS COM VISITA E DEGUSTAÇÃO GRATUITAS
– Aurora | VEJA NO MAPA
Uma das visitas clássicas de Bento Gonçalves, a vinícola Aurora é patrimônio da colonização italiana na região. A empresa é uma associação que conta com mais de mil famílias cooperadas. A adega produz cerca de 200 rótulos e é a maior e a mais premiada do Brasil. Os tours começam de 15 em 15 minutos e levam o visitante pelos subterrâneos da cooperativa com tanques e barricas.
A empresa é responsável por marcas como Marcus James, Saint Germains, Keep Cooler e Sucos São Bento. Ao final são feitas degustações de 15 (QUINZE!) rótulos — entre vinhos, espumantes e sucos de uva! Tour e degustação gratuitos. Não é preciso agendar. Veja os horários aqui.
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– Chandon | VEJA NO MAPA
Um das visitas mais disputadas em Garibaldi é totalmente grátis. O tour oferecido pela Chandon (o braço da francesa Maison Moët & Chandon no Brasil) é bem técnico. A empresa não tem muitos horários e recebe poucos visitantes por vez.
O passeio é interno e está focado em ensinar todo o processo de fabricação de um espumante, desde a colheita até o envase. Não passa por parreirais. São seis degustações no final. Detalhe importante: você precisa agendar a visita no site da empresa com pelo menos 15 dias de antecedência porque lota rápido. Fica na BR 470, em Garibaldi.
– Vinícola Garibaldi | VEJA NO MAPA
A tradicional Vinícola Garibaldi é uma associação formada por 400 famílias produtoras de uva. A adega tem três espumantes premiados: um moscatel, um chardonnay e um prosecco. Foi a primeira adega nacional a produzir um Prosecco Rosé no Brasil. O “Garibadi Prosecco Rosé Brut” estreou com medalha de ouro no respeitado concurso Catad’Or Wine Awards, no Chile.
A Garibaldi tem uma sala exclusiva para uma degustação chamada Taça & Trufa. São espumantes e vinhos harmonizados com trufas de chocolate artesanais da empresa Devorata (outro clássico da Serra Gaúcha). Custa R$ 35 por pessoa e tem que ser agendada previamente.
Já a visita guiada diária (a que eu fiz) dura 30 minutos e inclui degustação de vinho, espumante e suco de uva. É um tour simpático, familiar e bem simples. Não precisa agendar. É só chegar! Fica bem no centro de Garibaldi, fora da rota principal do Vale dos Vinhedos.
– A Vinícola Barcarola também é gratuita, falei dela mais acima no item “vinícolas boutique”.
A ÚNICA VINÍCOLA COM DENOMINAÇÃO DE CHAMPAGNE NO BRASIL
A Vinícola Peterlongo foi a primeira a produzir champagne no Brasil e a única fora da França que pode usar o termo “champagne” no rótulo.
Há mais de 100 anos a adega produz o vinho espumante pelo método “champenoise”, feito com uvas selecionadas e seguindo regras de elaboração rígidas. Esse é um dos motivos da marca conseguir usar a nomenclatura exclusiva.
O único champagne brasileiro e as primeiras garrafas históricas da Peterlongo
O castelo onde fica a sede da vinícola foi construído na década de 30 com o mesmo estilo arquitetônico da região francesa de Champagne.
O tour percorre um museu bem montado com a história, peças e maquinários antigos da vinícola, passa pelas caves subterrâneas (a primeira do Brasil) onde estão os tanques e barricas, até chegar nas garrafas em “remuage”.
É quando vemos o longo processo de fermentação que fornece as características únicas aos espumantes.
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A visita custa R$ 30 por pessoa e dura 1 hora. Inclui o passeio interno e degustação de diversos espumantes – entre eles o champã exclusivo – e sucos de uva. Depois do tour, você pode ficar à vontade nos jardins de vinícola.
Nós fomos no último horário e pegamos um fim de tarde maravilhoso no local. Os funcionários indo embora e a gente lá, garantindo o book! =)
OUTRAS VINÍCOLAS
– Marco Luigi, Dom Cândido, Cave de Pedra, Pizzato, Torcello, Cainelli, Vinhos Larentis
(Ah, importante destacar que o Raul e eu não bebemos. Aliás, eu até provo um espumante e dou uma bicadinha quando o vinho tem uma história muito legal. Mas o marido nem isso, é abstêmio total. Então, eu não tenho como avaliar em hipótese alguma a qualidade das bebidas, taninos, corpo, acidez, teor alcoólico, essas coisas. A gente faz todas essas visitas porque gosta de conhecer os processos, as histórias dos produtores e tudo o que envolve este universo enigmático dos vinhos.)
OUTROS ATRATIVOS DO VALE DOS VINHEDOS
Devorata Trufas Artesanais | VEJA NO MAPA
Logo no começo da Estrada do Vinho (RS 444), uma das primeiras paradas é na Devorata Trufas Artesanais, um clássico dos chocolates na Serra Gaúcha. Há 30 anos a Devorata tem produção limitada para manter a qualidade do trabalho.
O carro-chefe são as trufas. Tem diversos sabores como nozes, cereja, laranja, maracujá, limão, meio amargo, tradicional, champagne, entre outras. Custa R$ 4,75 cada.
A casa também trabalha com barras de chocolate. As embalagens são tão lindas que transformam o chocolate da Devorata numa lembrança fofa, saborosa e econômica. Esta unidade da empresa que fica no Vale dos Vinhedos é a loja-conceito.
Já na loja que fica em Garibaldi (bem em frente à Vinícola Garibaldi) você pode ver toda a produção através de janelões de vidro. Além da fabricação ser totalmente artesanal, cada bombom é embalado manualmente. Atendimento de terça a domingo, 9h30 às 17h30.
Dica extra | Exatamente ao lado da Devorata que fica no centro de Garibaldi está a fofíssima loja Lá do Sítio (foto acima) que vende geleias e doces com frutas colhidas no pomar da família. Já ao lado da Devorata que fica na Estrada do Vinho está o La Vigna, uma espécie de empório com deliciosos azeites e embutidos da região.
Queijaria Valbrenta | VEJA NO MAPA
Ainda na Estrada do Vinho, a 800 metros da Devorata, está a fofíssima Queijaria Valbrenta (fica ao lado da Vinícola Vallontano). Desde 2003, a empresa produz queijos artesanais.
São apenas 50 quilos por dia. Eles não têm representantes e não vendem para terceiros. A ideia é oferecer qualidade e exclusividade para quem visita a queijaria no Vale dos Vinhedos.
A produção de queijos pode ser acompanhada pelos visitantes através de um janelão de vidro. Para ver o processo tem que chegar às 9h, logo que a empresa abre.
Em seguida, você pode participar da degustação gratuita: são sete tipos de queijo e quatro tipos de salame disponíveis para provar. Funciona todos os dias, das 9h às 17h. Antes de ir confirme o horário de atendimento no telefone (54) 3461-1966.
Dica extra | Em frente à loja de fábrica da Tramontina está a Fetina de Formaio, a loja-empório da Queijaria Valbrenta. Fica na rua Rio Branco, 167, no centro da cidade de Carlos Barbosa.
Itallinni Biscotteria | VEJA NO MAPA
Essa pequena fábrica de biscoitos produzidos artesanalmente é o sonho de duas irmãs das famílias Formagini e Burille. As delícias são feitas sem adição de conservantes e livres de gorduras trans. É o perfeito biscoitinho aveludado, levemente cremoso que derrete na boca.
Além dos tradicionais amanteigados de limão, baunilha, cappuccino e goiabinha, a Itallinni Biscotteria produz delícias com cacau e gotas de chocolate, gergelim, aroma de vinho com uva passa, entre outras dezenas de sabores. Há também uma linha sem glúten e sem lactose.
Você pode levar os biscoitos nas embalagens tradicionais, em lindas latinhas vintage ou em potes de vidro hermético. Alguns produtos levam indicações no rótulo de harmonização com vinhos. Você pode provar todos os produtos vendidos na casa. Aberta para visitação, degustação e venda no varejo todos os dias, das 9h às 17h30. Fica na Estrada do Vinho.
Moinho Graciema | VEJA NO MAPA
Quase em frente à Itallinni Biscotteria você encontra o Moinho Graciema. Com ambiente rústico e acolhedor, o forte da casa são os sucos e geleias gourmet à base de frutas selecionadas e especiais.
No empório do Moinho há degustação gratuita de todos os produtos da marca. Além dos sucos e geleias, há molhos e cervejas da Cervejaria Wiatrak — uma alternativa para quem quer dar uma pausa nos vinhos. Atendimento todos os dias, 9h15 às 17h.
Artesanato do Vale | VEJA NO MAPA
Uma casinha de madeira acolhedora recebe os visitantes que queiram levar uma lembrança personalizada do Vale dos Vinhedos.
São peças exclusivas produzidas pelos proprietários da Artesanato do Vale como pano de prato, aventais, sachês, objetos de decoração, porta-chaves, toalhas, etc. Funciona de terça a sexta, das 14h às 18h. Sábado, domingo e feriados, 9h às 18h. Telefone: (54) 3453-2628.
OUTRAS SUGESTÕES DE PASSEIOS NA REGIÃO
– Caminhos de Pedra | VEJA NO MAPA
O Matraqueando foi o primeiro blog de viagem a percorrer o Caminhos de Pedra, lááá em 2011. Localizado a 15 minutos de Bento Gonçalves, o roteiro abrange uma área ao longo de 13 quilômetros de estrada. Lembra um pedaço da Toscana, região bucólica e pastoril da Itália.
A rota vislumbra dezenas de construções antigas em pedra e madeira. Você vai passar por rodas d’água, teares, capelas, casas de doces, de massas e restaurantes. Terá acesso a produção de queijo de ovelhas e conhecerá o sistema antigo de processamento da erva-mate, matéria prima para o chimarrão.
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Há oferta de produtos coloniais como doces, geleias, salames e conservas. Tudo com degustação. Mais do que isso, você entrará naquele universo preservado – e único – da memória de um povo festeiro, trabalhador e com espírito altamente empreendedor. Veja aqui meu post completo sobre o Caminhos de Pedra.
– Garibaldi | VEJA NO MAPA
A pequena Garibaldi tem apenas 34 mil habitantes. Mas é gigante quando se fala em patrimônio preservado e qualidade dos vinhos e espumantes produzidos aqui. Não à toa é conhecida como a Capital Brasileira do Espumante e abriga uma rota que inclui vinícolas especialistas neste tipo de bebida.
É aqui que acontece, de dois em dois anos, a Fenachamp, a Festa do Espumante Brasileiro, o maior evento do gênero no país. A próxima Fenachamp já tem data confirmada: 01 a 24 de outubro de 2021.
A 110 quilômetros de Porto Alegre, Garibaldi tem um dos conjuntos arquitetônicos do século 20 mais preservados do Rio Grande do Sul. Tanto que a cidade, cenário de filmes e novelas, criou o Roteiro Passadas – A Arquitetura do Olhar, feito para ser percorrido a pé (com exceção de alguns lugares como o Convento São José, que ficam mais afastados.)
O roteiro está praticamente todo no centro histórico da cidade e é composto por mais de 30 construções. Passa por prédios, casarões antigos, museus, capelas e ainda por bares e cafés que funcionam desde a década de 30.
Todos os atrativos têm uma placa explicativa sobre o local. É bem fácil fazer o Roteiro Passadas por conta. Confira o trajeto completo e baixe o mapa da rota no site da prefeitura de Garibaldi. Mas se você preferir um guia especializado a prefeitura disponibiliza profissionais para acompanhar os turistas por R$ 15 por pessoa. Faça o agendamento pelo telefone (54) 3462-8235.
A 3 quilômetros do centro de Garibaldi está a Madelustre, um visita incrível pelo mundo do vidro. Aqui é possível apreciar o processo de elaboração das peças — que vão de lustres a objetos decorativos, além de visitar um pequeno Memorial do Vidro e conhecer a maior taça de champanhe do mundo. Funciona de segunda a sábado, 9h às 17h (última entrada às 16h). A visita custa R$ 20. Agendamento e informação pelo telefone (54) 3462-9524 ou pelo e-mail turismo@madelustre.com.br.
- Vinícolas que integram a Rota do Espumante
A Rota do Espumante é resultado do empenho dos primeiros imigrantes italianos que trouxeram para a cidade o hábito da viticultura. Hoje, a rota é formada por 17 empreendimentos que vão de grandes empresas a cantinas familiares, passando por Garibaldi e Farroupilha. São eles:
Adega Chesini | Casa Pedrucci | Cave Darci Locatelli | Chandon | Vinícola Garibaldi | Domno | Vinícola São Luiz | Milantino | Vaccaro | Don Laurindo | Agostini | Battistello | Carlesso | Courmayeur | La Cantina | Peterlongo | Santa Bárbara
– Passeio de Maria Fumaça
Conhecido como o Trem do Vinho, o passeio de Maria Fumaça é uma das atrações da Serra Gaúcha, tanto para quem vai passar uns dias em Gramado ou no Vale dos Vinhedos.
São 23 quilômetros que revivem as tradições dos imigrantes da região com apresentações de música italiana — tudo sempre acompanhado de degustações de suco, vinho ou frisante.
Das poucas locomotivas a vapor que existem no mundo hoje, duas delas estão operando neste trecho do Rio Grande do Sul. O passeio custa R$ 119 (adulto), dura em torno de duas horas e o circuito passa pelas estações de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Crianças até 05 anos não pagam.
Existe também uma opção de passeio que inclui o transporte de Maria Fumaça + Almoço Italiano + visita a queijarias e vinícola que sai por R$ 270 por pessoa. O tour acontece às quartas, sextas, sábados e domingos. Durante o mês de julho a locomotiva parte todos os dias. Consulte valores e horários atualizados aqui.
– Vindima 2020
A época mais festiva no Vale dos Vinhedos vai de janeiro a março. A Vindima é o período de colheita do fruto que dá forma ao principal produto turístico daqui como o vinho. Neste período, diversas vinícolas, hotéis e restaurantes da região têm programação especial.
Como os parreirais estão carregadinhos de uva, durante a festa acontecem atividades para os turistas como a colheita simbólica, a pisa das uvas, prática de yoga e piquenique nos vinhedos, além de curso de degustação harmonizada para adultos e oficina de drinks não alcoólicos para as crianças, quase sempre acompanhado do merendim, um lanche típico italiano.
Capela das Almas, na Via Trento
Algumas agências da região como a Brocker Turismo e a Giordani Turismo oferecem tour de um dia, saindo de Bento Gonçalves. Os preços variam de R$ 190 a R$ 525 por pessoa, dependendo do número de atividades envolvidas. Já os passeios negociados diretamente nas vinícolas ficam entre R$ 90 (só o piquenique, por exemplo) a R$ 350 (incluindo colheita e pisa da uva). Veja a programação da Vindima 2020 atualizada aqui.
– Monte Belo do Sul
Os principais atrativos de Monte Belo Sul (município que, ao lado de Garibaldi e Bento Gonçalves, forma o Vale do Vinhedos) são a Famiglia Tasca e a Vinícola Calza.
Os dois empreendimentos já ficam mais afastados da rota mais tradicional do Vale dos Vinhedos. Mas ambos têm atendimento atencioso, uma história incrível e oferecem vinhos, espumantes e geleias de produção artesanal.
ONDE COMER NO VALE DOS VINHEDOS
Assim como acontece com os preços dos hotéis da região, tudo o que estiver localizado dentro do quadrilátero do Vale dos Vinhedos vai ser mais caro se comparado aos serviços, comida e hospedagem oferecidos nos centros de Bento Gonçalves ou Garibaldi.
Importante destacar que alguns dos principais restaurantes do Vale dos Vinhedos trabalham no sistema de sequência ou rodízio, cobrando de R$ 68 a R$ 82 por pessoa. Ou seja, você paga um valor único (com bebidas à parte) e come à vontade.
Este não é o meu sistema preferido. Primeiro que nem eu nem meu marido somos de comer mais do que um prato de comida (a gente prefere investir as calorias na sobremesa). Então, minha opção é quase sempre, de preferência, o sistema à la carte com pratos individuais ou um self-service por quilo baratex, onde nós podemos pagar exatamente o que é consumido.
Alguns dos restaurantes mais tradicionais, recomendados — e caros para mãos de vaca (presente!) — são Casa Giordani (sequência de massas e grelhados por R$ 82 por pessoa – veja o cardápio completo aqui), Mamma Gema Trattoria (carnes, massas e risotos com gasto médio de R$ 70 por pessoa – veja o cardápio completo aqui), o criativo Valle Rústico (a experiência com Menu Degustação fica em torno de R$ 150) e o sofisticado Guri Cozinha de Origem (com pratos à la carte entre R$ 55 e R$ 90, e Menu Degustação a partir de R$ 140).
Restaurantes com bom custo-benefício
O Casa Madeira é um dos poucos restaurantes localizados dentro do Vale dos Vinhedos (Via Trento) que servem pratos à la carte. Além de ficar mais em conta, você come somente o tanto que deveria.
Os pratos de massas (espaguete, tagliatelle ou nhoque de batata doce) saem por R$ 34 cada. Pratos com carne custam de R$ 36 (filé ao molho de vinho tinto com salada mix) a R$ 45 (massa com codorna).
No térreo da Casa Madeira está a loja da casa com degustação gratuita dos produtos da marca como geleias, sucos e antepastos. Já os preços não são muito diferentes dos que a gente encontra nos supermercados.
A loja funciona todos os dias, das 9h às 17h. Já o almoço vai das 12h às 15h30. Não abre no jantar. Fica na Via Trento, 3355 – Vale dos Vinhedos. Telefone (54) 2105-3122.
Restaurante Caldeira | VEJA NO MAPA
Uma opção excelente no centro de Bento Gonçalves. Ambiente acolhedor e atendimento simpaticíssimo. O Restaurante Caldeira é famoso pelo ossobuco com polenta, o prato carro-chefe da casa.
Trata-se de receita da avó do proprietário e chef Rafael Caldeira. O prato custa R$ 99 e serve até três pessoas. Mas o cardápio é bem variado com risotos, grelhados, frutos do mar e saladas.
De sobremesa, além do tradicional sagu com creme, prove a pera ao moscatel com sorvete de uva. É incrível! Por ser um restaurante relativamente pequeno recomendo fazer a reserva antes de ir. Só atende no jantar, de terça a sábado, das 19h30 às 23h. Tv. Antônio Ducati, 138 – Cidade Alta, Bento Gonçalves. Reservas pelo telefone (54) 3701-0272.
Cafés e bistrôs para lanches rápidos
O Leopoldina Jardim é um bistrô que pertence à Família Valduga, dona de uma das vinícolas mais tradicionais do vale. O local é lindo, com amplo jardim, decks, trechos para curta caminhada, mas um cafezim pequeno aqui começa em R$ 7,50. #socorro
Para evitar curiosos quinemnóis que só querem entrar para tirar fotos, aos finais de semana e feriados cobra R$ 15 para acessar a área, valor que pode ser convertido em consumo. Via Trento, 2915. Abre de terça a domingo, das 12h30 às 18h30. VEJA NO MAPA
Para doces, bolos, rocamboles e um maravilhoso sonho de doce de leite vá ao Filó Café. Oferece ainda tábuas de frios e pratos executivos. Se almoçar aqui o gasto médio fica em torno de R$ 40 por pessoa. Funciona de quarta a domingo, das 9h às 19h30. Fecha segundas e terças. Fica na Rua das Videiras 3.365, via perpendicular à Estrada do Vinho. VEJA NO MAPA
Já o Vale Café está numa antiga casa de madeira toda restaurada, bem perto da Vallontano Vinhos Nobres. Foi aberto recentemente e tem uma decoração rústica e aconchegante. É beeem mais barato do que o Leopoldina Jardim.
Oferece desde salgados tradicionais como pão de queijo até sanduíches mais elaborados. Tem um delicioso café coado. Abre de terça a sexta, 13h às 18h, e sábado e domingo, 11h às 18h. Fica na Estrada do Vinho (RS 444 km 16). Tel. (54) 9 9150-5076.
Uma opção maravilhosa com unidades nos centros das cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa é a Primazia – Café e Confeitaria. Além de ambiente finamente decorado, o lugar tem tuuudo o que uma boa padaria pode oferecer: pães, bolos, salgados, sanduíches, cafés, chás, sucos e os preços — pela qualidade que oferece — são sensacionais. Veja os endereços aqui.
1º DIA | VALE DOS VINHEDOS
Comece pela Estrada do Vinho, a via que concentra o maior número de atrativos do Vale dos Vinhedos. Aqui estão a Queijaria Valbrenta, a Ittalinni Biscotteria, Moinho Graciema, o Vale Café, Devorata Trufas, La Vigna Empório, as vinícolas Miolo, Lídio Carraro, Torcello, Cave de Pedra, Angheben, Don Laurindo, Almaúnica, entre outros atrativos.
2º DIA | VALE DOS VINHEDOS
Vá a Via Trento, o trecho do Vale dos Vinhedos que concentra a Casa Valduga, Vinhos Larentis, Vinícola Peculiari, Barcarola, Dom Cândido, o Leopoldina Jardim, o Filó Café, a Casa Madeira e o Restaurante Giordani.
3º DIA | BENTO GONÇALVES
Comece cedo percorrendo o já famoso Caminhos de Pedra, um pedacinho da Toscana no Brasil. Passe pela Casa do Tomate, Parque das Ovelhas, Salumeria, Casa da Tecelagem, Casa da Erva Mate, entre outros atrativos. Almoce ou na Casa Vanni (pratos à la carte, sempre minha opção aqui) ou no Ristorante del Pomodoro (sequência italiana por R$ 58 por pessoa, é o melhor custo-benefício do roteiro para quem quer apostar num almoço coma-à-vontade). Programe-se para voltar para Bento Gonçalves lá pelas 16h e visite a Vinícola Aurora, no centro da cidade. Eles têm tours de 15 em 15 minutos e não é preciso agendar. O último tour sai às 17h. Degustação gratuita.
4º DIA | GARIBALDI
Pela manhã, visite o centro histórico de Garibaldi + 2 vinícolas próximas (Peterlongo e Vinícola Garibaldi, nessa última o tour dura apenas 30 minutos). As duas ficam cinco minutos de distância uma da outra. À tarde, você pode se programar para percorrer uma vinícola da Rota do Espumante que fica mais afastada do centro de Garibaldi como a Chandon, e depois fazer o tradicional Passeio de Maria Fumaça. Se houver tempo, na mesma rodovia onde está localizada a Chandon (BR 470) fica a Domno Importadora, vinícola e cervejaria da empresa Valduga.
Dica extra | A Loja de Fábrica da Tramontina fica na cidade de Carlos Barbosa, onde nasceu a empresa em 1911. Não se trata de um outlet, mas de um complexo com todos os produtos que você pode imaginar da marca num mesmo lugar. Rua Maurício Cardoso, 193. Está a 17 quilômetros de Bento Gonçalves. O horário de atendimento é de segunda a sexta, 9h às 18h30; sábados, 9h às 17h30 e domingos, 9h às 15h30
ONDE FICAR NO VALE DOS VINHEDOS
Antes de escolher sua hospedagem é necessário saber se você quer ficar dentro do quadrilátero do Vale dos Vinhedos (região que compreende a Estrada do Vinho e a Via Trento) ou no centro das principais cidades como Bento Gonçalves ou Garibaldi.
A vantagem de ficar dentro do vale é que você está melhor localizado para percorrer alguns dos principais atrativos. Por outro lado, as hospedagens neste trecho costumam ser beeeeem mais caras.
Se optar por ficar nos centros das duas cidades, vai ter que se deslocar todos os dias em direção ao vale, percorrendo distâncias que podem variar entre 8 e 17 km para chegar ao ponto desejado.
Em compensação, na região central você encontra hotéis e pousadas muito bons e bem mais baratos. Sem contar que ficará mais próximo também de restaurantes econômicos para jantar (coisa que no ecziste no Vale dos Vinhedos) e das vinícolas centrais (Aurora, Chandon, Garibaldi e Peterlongo).
Você também deve levar em consideração como vai se deslocar pelo vale, se vai com carro próprio ou alugado, se quer contratar os passeios com as vans de turismo ou se pretende usar táxi ou Uber, uma vez que “se beber, não dirija”.
Nas duas vezes em que eu vim para o Vale dos Vinhedos optei por ficar nas cidades. Na primeira oportunidade, nos hospedamos na fofíssima Pousada do Chalé, em Bento Gonçalves (falei dela aqui). Diárias a partir de R$ 250 o casal, com café da manhã e estacionamento incluídos.
Pousada do Chalé, em Bento Gonçalves
Quando voltei ao Vale dos Vinhedos no ano passado descobri que havia acabado de ser inaugurado um hotel Íbis em Carlos Barbosa, cidade que não faz parte do Vale dos Vinhedos, mas que está bem perto (uma distância similar caso você fique no centro de Garibaldi, por exemplo).
Ficamos hospedados aqui e adoramos. Hotel Íbis novíssimo (faça sua reserva aqui), no centro da cidade e bem próximo da Loja de Fábrica da Tramontina, uma megastore que vende tudo, absolutamente tudo da marca. Diárias para casal a partir de R$ 220, com café da manhã à parte por R$ 27. (Mas não precisa comprar o café, tem uma padaria maravilhosa e chiquérrima bem pertinho, a Primazia Café – R. Júlio de Castilhos, 335).
Ah, e para quem faz parte do Le Club Accor (programa de fidelidade da marca que gerencia a rede Íbis) pode pagar as diárias usando os pontos (foi o que nós fizemos, aliás). Eu já contei aqui neste post do meu Instagram como usar os pontos do Le Club para pagar diárias nos hotéis da rede.
Hotel Ibis, em Carlos Barbosa
Opções econômicas para quem quer boa localização pagando pouco
– Apartamento Super Aconchegante | Apartamento novo e funcional em Bento Gonçalves com dois quartos e cozinha equipada. Está a 8 quilômetros da vinícola Casa Valduga (que fica dentro do Vale dos Vinhedos). Tem wi-fi e permite animais de estimação sem custos adicionais. Acomoda até três pessoas. Diárias a partir de R$ 100 (sim, cenzão por dia + R$ 60 de taxa de limpeza que você paga uma única vez pela hospedagem toda) com estacionamento incluído no local. Tem a incrível nota de 9,7 na avaliação dos hóspedes. Veja mais fotos e faça sua reserva aqui!
– Pousada Lugana | Está a 4 quilômetros da Aurora, vinícola que fica no centro de Bento Gonçalves. Oferece wi-fi gratuito e um completo café da manhã. A cozinha fica disponível para uso dos hóspedes. Diárias para casal a partir de R$ 170 com estacionamento incluído. Ah, perto da pousada fica o Restaurante Sorriso (R. José Rossini, 440), um local simples de comida farta a preços justos que atende tanto no almoço quanto no jantar!
Opções confortáveis com bom custo-benefício:
Hotel Laghetto Viverone Estação | Um 4 estrelas com padrão executivo localizado num prédio novo e moderno. O hotel está a 8 quilômetros da Vinícola Miolo (que fica dentro do Vale dos Vinhedos) e a menos de 2 quilômetros da Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves. Tem quartos novos e compactos (embora criança menor de 6 anos seja grátis, é melhor para quem viaja em dupla ou casal). Tem wi-fi gratuito, TV com canais a cabo e frigobar. Diárias para casal a partir de R$ 250. Inclui café da manhã excelente. Estacionamento à parte por R$ 29 a diária. Veja mais fotos e faça sua reserva aqui!
Opções de hospedagem dentro do Vale dos Vinhedos sem gastar os tubos
Hotel Villa Michelon | Localizado na Estrada do Vinho em meio a bonita paisagem, o hotel tem quartos confortáveis (embora a decoração seja antiguinha) com um completíssimo café da manhã. A hospedagem oferece ampla área verde com pracinha para as crianças e um parreiral modelo aberto para visitação dos hóspedes. Tem, ainda, piscina coberta, quadra de tênis e academia. Na recepção você encontra uvas, suco, café e chá como cortesia para os hóspedes. Fica próximo das principais vinícolas e restaurantes do Vale dos Vinhedos. Diárias para casal a partir de R$ 300, com estacionamento grátis no local. Veja mais fotos e faça sua reserva aqui!
Opção para seu momento de extravagância
Hotel Spa do Vinho | É o tipo de hospedagem para quem quer tratamento de celebridade. O Hotel Spa do Vinho fica dentro do Vale dos Vinhedos, exatamente em frente à Vinícola Miolo. Tem restaurante sofisticado, bar, piscina aquecida e quartos confortáveis com decoração sóbria. Oferece uma das mais lindas vistas para os parreirais da região. Como o próprio nome diz, o hotel tem um spa com vários tipos de tratamentos e massagens (custo adicional). Diárias para casal a partir de R$ 700. Já a diária da suíte com cama king size e vista para o Vale dos Vinhedos está a partir de R$ 1.200 – durante a semana! Crianças pagam uma taxa de R$ 210 a mais. Veja mais fotos e faça sua reserva aqui. Boa sorte! 😀
COMO CHEGAR AO VALE DOS VINHEDOS
De avião:
O Vale dos Vinhedos está a 35 quilômetros de Caxias do Sul e a 120 quilômetros de Porto Alegre. Embora o aeroporto mais próximo seja o de Caxias do Sul, nem sempre as passagens para este destino são as mais baratas, uma vez que só a GOL e a AZUL têm voos para cá e com poucos horários no dia.
Vale a pena pesquisar chegando pelo aeroporto de Porto Alegre que, embora mais distante, tem voos da GOL, AZUL e LATAM em diversos horários e com conexões em variados destinos.
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De carro:
De Porto Alegre a Bento Gonçalves são de duas a três horas de carro, dependendo da rodovia que você usar. Você pode pegar a Rota Romântica, via BR 116. Passa por Canoas, Nova Hamburgo, Nova Petrópolis, Caxias do Sul e, por fim, Bento Gonçalves. Este trajeto é mais bonito, mas é mais longe, dura quase três horas. Veja a rota pela BR 116 aqui.
Ou pegar a BR 116 e RS 122 em direção a São Leopoldo, passando por Carlos Barbosa e Garibaldi. É o caminho mais curto e mais usado, em duas horas você chega ao destino. Veja a rota mais curta aqui.
De ônibus:
A rodoviária mais próxima do Vale dos Vinhedos está localizada em Bento Gonçalves. A Viação Unesul faz o trecho direto de Porto Alegre a Bento Gonçalves em 2h40. A passagem custa R$ 40. Já a Bento Transportes faz a viagem em 3 horas (com paradas) e a passagem custa R$ 38.
De São Paulo (Rodoviária Tietê) a Bento Gonçalves a rota é operada pela Viação Penha. O trajeto dura 17 horas e a passagem só de ida custa R$ 360. (Valores de fev/2020)
Importante | O circuito interno do Vale dos Vinhedos — que compreende a Estrada do Vinho (RS 444) e a Via Trento (Linha Leopoldina) — fica em uma área rural. Embora os trechos sejam bem sinalizados e asfaltados, há pouquíssima disponibilidade de ônibus local para levar de um atrativo a outro. Para percorrer o vale ou você deve alugar um carro, ou contratar agências de turismo, ou ainda pedir táxi e Uber. Lembrando ainda que muitos pontos ficam sem sinal de celular, o que pode dificultar na hora de chamar o transporte por aplicativos.
Outra solução para quem não está de carro é fazer o tour bate e volta chamado Circuito dos Vinhos com a empresa Citral. Circula somente aos sábados. A empresa busca o turista nos principais hotéis de Gramado, Canela e Nova Petrópolis com saídas às 7h e retorno às 16h30.
O ônibus turístico passa por mais de 25 pontos de paradas, incluindo vinícolas e restaurantes. Você pode descer e subir quantas vezes quiser nos empreendimentos da rota. Custa R$ 120 (adulto) e R$ 50 (06 a 10 anos). Crianças até 05 anos não pagam. Mais informações no site da Citral.
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O Vale dos Vinhedos combina com:
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Fotos: Sílvia Oliveira e Raul Mattar | Todos os direitos reservados.
Oi Silvia, adorei seu post! Também acabei de voltar do Vale e também estou escrevendo a respeito #coincidencia. Abraços!
Obrigada pela visita, Michele! 😉
como sempre um belo post, claro e preciso. Já estive 3x na serra e visitei apenas uma vinicula a Jolimont perto de Canela. Sempre penso em ir pelos vinhedos, mas por não conhecer de vinho ou mesmo ter o hábito de beber, se bem que após conhecer a serra gaucha já bebo 1/2 garrafa por ano e me assusto quando vejo a sigla AA, kkkkkkk. Enfim, fico tímido de visitar viniculas e recusar a degustação, já que no fim das contas o propósito é vender vinhos. Penso em retornar em setembro para o festival de gastronômia, simplesmente perfeito com muita música e claro muita comida.
Oi, Anaildo! Nós também não bebemos (meu marido é abstêmio total, eu ainda dou umas bicadinha num frisante), mas a gente adora as visitas nas vinícolas, não temos vergonha de recusar a degustação, não! Hahahaha!) Por isso mesmo, sempre visitamos algumas que são gratuitas. Mesmo que o objetivo seja vender vinho, os passeios são muito interessantes, envolvem história, cultura, tradição e alguns tem paisagens lindas. Vale a pena! Pode fazer o roteiro sem medo! Um abraço!
Gosto muito de vinhos e sempre tive vontade de conhecer e preguiça de procurar a melhor forma de visitar o Vale dos Vinhedos.
Neste post – completíssimo! – você deixou tudo muito fácil para nós viajantes! Muito obrigado!
Olá, João! Pois é, eu mesma tive que visitar duas vezes o Vale dos Vinhedos para entender o modus-operandi do lugar! São muitos atrativos, cada um prum lado, tem as cidades com seus atrativos próprios, enfim, espero que você aproveite muito! Para quem gosta de vinhos aquilo é mesmo um sonho! 😉
Muito bom o post, com ctz vai entrar em pro meu roteiro!!
Você vai gostar muito! 🙂
Silvia que trabalho maravilhoso! Acabei de decidir meu destino de férias. Você e tudo o que faz é uma inspiração. Muito obrigada por compartilhar e fazer tudo tão bem feito. Um abraço!
Own, que fofa! Muito obrigada pelo carinho e por matraquear com a gente! 🙂
Oi, Silvia. Tudo bem? =)
Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Ai, que delícia! Adoooro o linkódromo. Muito obrigada! 😉
Trabalho bom detalhado sobre o Vale dos Vinhedos. É mais completo que uma guia da viagens!
Parabéns!
Bjs
Muito obrigada, Carmen! Sempre bom ver você por aqui! 🙂
Nossa que artigo incrível completíssimo parabéns pelo conteúdo um verdadeiro roteiro completo
Obrigada, Alberto!
Amo vinho. Vinho é vida.
O roteiro mais completo e perfeito que achei em toda a internet! Parabéns pela dedicação, amei todos os detalhes desse post!
Silvia querida, que post completo! Vou fazer meu roteiro todo inspirado em vc. Muito obrigada por tanta dedicação. Sucesso sempre.
Opa, maravilha, Gisa! Boa viagem!
Excelente e completíssimo post! Estou querendo visitar o Vale dos Vinhedos em agosto/21. Você acha melhor fazer um pacote completo (hotel, passagens, aluguel de carro e passeio pelas vinícolas) ou dá para fazer um roteiro individual?
Eu fiz tudo individual. Abraço!