Terra Santa: por onde Ele andou
Turismo religioso é um gênero de passeio em que os visitantes buscam mais vivenciar uma experiência espiritual do que somente conhecer um destino diferente. São viagens de fé que podem variar desde romarias e peregrinação até penitências e reparação.
No Brasil, as cidades de maior destaque são Juazeiro do Norte (Ceará) – terra do Padre Cícero; Nova Trento em Santa Catarina, onde se encontra o Santuário de Madre Paulina; Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré e, a mais conhecida, Aparecida no estado de São Paulo – onde está o Santuário da Padroeira Nossa Senhora Aparecida.
Já no mundo temos como grandes rotas de turismo religioso lugares como Vaticano (Itália), Mecca (Arábia Saudita), Fátima (Portugal), Lourdes (França), Santiago de Compostela (Espanha) e a Terra Santa, na Palestina (hoje chamada de Israel) – o maior centro de peregrinação no domingo de páscoa. Foi nessa região, aliás, que andou, pregou, morreu e ressuscitou o fundador do cristianismo.
Estive por lá. Faz tempo. Naquela época, tinha mais interesses históricos do que religiosos, é bem verdade. (Minha viagem à Terra Santa incluiu Egito e Turquia). Só que é ali, na Palestina, que você vê, reconhece e vivencia a cidade impossível do mundo: Jerusalém. O destino mais sagrado para os cristãos também é considerado eterno e indivisível para os judeus. É metade árabe – maioria islâmica – e metade judaica. Para os muçulmanos, por exemplo, é o terceiro lugar mais importante, atrás de Mecca e Medina.
A parte velha é dividida em quatro quadriláteros: o cristão, o armênio, o muçulmano e o judaico. E veja só a confusão: em Jerusalém está o Santo Sepulcro, onde teria ocorrido a crucificação de Jesus para os católicos, gregos ortodoxos, abissínios e armênios. Assim como o túmulo do Jardim, lugar da crucificação para os protestantes. Temos ainda por aqui o Monte das Oliveiras, personagem consagrado na Bíblia e a Via Dolorosa, caminho de martírio até a crucificação de Cristo.
Sou católica. De uma linha mais progressista, digamos. Mas às vezes me encontro no mais profundo fundamentalismo cristão, sentindo-me o último Bis® do pacote por ter passado também por Belém, Jericó, Nazaré, Galiléia e Tiberíades – todas consideradas sagradas e com alguma historinha de catequese bacana para contar.
No entanto, independentemente da ala que você segue, o Domingo de Páscoa é a principal celebração do ano para os cristãos. Mais importante até que o Natal. A questão é simples. Segundo a tradição, hoje é dia de reviver o renascimento e a ressurreição de um cara extremamente inteligente, empreendedor, assertivo, com foco no trabalho, grande capacidade de liderança, criativo e altamente generoso com seus colaboradores: Jesus Cristo.
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Fotos: Sílvia Oliveira
É possível fazer uma viagem econômica também a Terra Santa? Obrigado. Rodrigo
Quais são os meses ideais para visitar Israel ( em relação ao clima) ?
Parabéns pelo blog e tudo de bom !
Marcela
Primavera e outono, temperatura mais amena e tarifas mais acessíveis!
Oi Silvia,
Voce e excelente nas suas dicas, explicacoes e roteiros. E de uma clareza dificil de se encontrar em outros Posts!
Eu so queria chamar a sua atencao para o fato de que neste Post voce diz que a “Terra Santa” fica na Palestina. Uma pequena correcao: a Palestina nao existe: ela e so um ajuntamentos de vials arabes, nada alem disso.
A “Terra Santa” fica em Israel!!!
Um grande abraco e continue a publicar suas experiencias em viagens!!
Aele
Obrigada, Aele! É que no meu entendimento essa porção chamada Terra Santa sempre foi a Palestina. O estado de Israel apenas foi criado, através de um tratado, em cima desse território em 1948. A Palestina existe, sim. Mais de 100 países (recentemente até o Vaticano!) reconhecem o Estado Palestino, inclusive o Brasil (http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/os-paises-que-reconhecem-a-palestina-como-estado). De qualquer maneira, a questão para mim no post é mais ideológica do que geográfica. 😀 Mas você tem razão, tecnicamente e turisticamente falando chama-se Israel. (Já até acrescentei essa informação para não causar confusão!) Um abraço e obrigada novamente!
Até para quem não é religioso essa viagem parece incrível. Tenho muita vontade de conhecer essas terras. 😉
Sim, é história pura! Mesmo que o foco não seja religião (inclusive minha primeira vez aqui foi em 1999 e naquela época eu vim pelas questôes histórico-culturais mesmo) vale muita a pena. Abraço!