Ravanello: a primeira vinícola boutique de Gramado
Mesmo para quem não entende nada de uvas, cepas ou polifenóis como eu, um tour por vinícolas é sempre um passeio agradável. Há sempre uma história familiar por trás, um tanino diferente para dominar ou um terroir inusitado por descobrir.
Até bem pouco tempo, Gramado não tinha tradição nessa área. Quem visitava a cidade dos fondues e chocolates em plena Serra Gaúcha tinha que se deslocar 120 quilômetros até Bento Gonçalves para conhecer alguns dos principais parreirais do país.
Mas agora temos aqui a Ravanello, a primeira e única vinícola boutique de Gramado. As operações começaram em 2005 pelos proprietários Normélio e Rosa Maria Ravanello, mas somente em 2010 a empresa lançou os primeiros vinhos — considerados, hoje, um dos melhores do sul do país.
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Como é a Vinícola Ravanello
É uma empresa familiar com foco na produção de pequenos volumes. A proposta é elaborar espumantes e vinhos finos de alta qualidade.
A linda sede e fábrica tem 1300 metros quadrados e está cercada por um lago artificial, flores (fomos em janeiro quando as hortênsias “gritam” por todos os lados) e árvores frutíferas como kiwi, physalis, amora e mirtilo (só as gente fina das frutas).
O vinhedo fica ao redor da propriedade e possui 2,5 hectares. O microclima da região favoreceu muito a produção.
Segundo os proprietários, praticamente não há ocorrência de neblina e a amplitude térmica, com dias de sol e noites mais frias, ajuda a desenvolver a boa qualidade dos vinhos.
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Hoje, a Vinícola Ravanello une o cuidado manual das uvas com alta tecnologia em vinificação.
Foi a primeira vinícola brasileira, por exemplo, a adquirir uma “Prensa Pneumática Horizontal com Sistema Inerte”, que mantém a uva totalmente imersa em atmosfera… inerte.
Na verdade, não processei bem a informação, mas pelo que entendi é algo muito importante. 😛 #MatracaEnólogaChinfrim
Além dos tonéis de inox, alguns tintos e brancos específicos são elaborados em barricas de carvalho francês.
É tanta informação sofisticada que a gente se sente quase parte daZelite. 😀 Atualmente, a Ravanello tem capacidade para produzir 70 mil litros por ano.
Como fazer a visita guiada
A visita guiada acontece de segunda a sábado em cinco horários: 10h, 11h, 14h, 15h e 16h. Não é necessário reservar. A recomendação é chegar de 15 a 20 minutos antes.
O tour dura em torno de 50 minutos e mostra todo o processo de elaboração dos vinhos e espumantes, desde a plantação das uvas, processo de fermentação, envelhecimento e engarrafamento.
Geralmente, quem acompanha os visitantes são os donos (Seo Normélio ou Alexandre Ravanello, pai e filho respectivamente) ou o sommelier da casa.
Nós fizemos com o Alexandre e foi muito bacana. Ele é tranquilo, sorridente e responde a toooodas as perguntas calmamente. São feitas três degustações. O passeio custa R$ 30 por pessoa. Menores de 18 anos não pagam. (Mas também não bebem. Rá!)
O local possui loja-conceito climatizada onde vende toda a linha da casa para quem quiser levar os vinhos da Ravanello. Veja todos os produtos aqui.
O passeio superou nossas expectativas, uma vez que já havíamos conhecido outras vinícolas na Serra Gaúcha, no Chile, na Argentina e aqui mesmo no Paraná. A Vinícola Ravanello é para quem gosta de história, produção cuidadosa e atendimento personalizado.
SERVIÇO
Local | Rodovia RS-235 – KM 28, s/n. Está a seis quilômetros do centro de Gramado. Fica em frente ao parque de neve Snowland.
Telefone | (54) 9 9668-6500 e 9 9668-6495
Horário de funcionamento | A vinícola fica aberta de segunda a sábado, das 9h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. A entrada é grátis. Você pode conhecer os parreirais, a sede, o lago artificial, a loja e todo o entorno. Não há degustação gratuita.
Horários da visita guiada | Para fazer o tour guiado e ter direito às degustações os horários são: de segunda a sábado, 10h, 11h, 14h, 15h e 16h. O tour custa R$ 30. Menores de 18 anos não pagam. Aos domingos e feriados somente sob consulta e agendamento prévios. Escreva para vinicolaravanello@vinicolaravanello.com.br ou ligue para (54) 9 9988-9823. Preço de janeiro de 2017.
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Recentemente tomei esse vinho aqui em São Paulo. Adorei. Mas adorei mesmo esse seu comentário sobre a prensa pneumática horizontal: “Na verdade, não processei bem a informação, mas pelo que entendi é algo muito importante”.
Coisas de quem só bebe suco de uva e não entende nada dos paranauê vinheteiro! 😀
Gostaria de agradecer e parabenizar pelo post, procurei dicas em muitos lugares sobre a vinícula mas tudo muito vago, o seu foi muito completo e satisfatório… Obrigada.
Que bom, Danielli! Apareça sempre! 🙂
Fui a essa vinícola há um ano e seu relato está bem próximo da percepção que tive durante a visita. Parabéns pelo post.
Que legal, Henrique! 😉