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 -  Atualizado 21/08/2020

Quando voltaremos?

Publicado por: Silvia Oliveira Coronavírus, Crônicas

Não há previsão.

Não existe data para voltar.

Viajar como antes ficou no mundo antigo.

Nem dentro do país. Nem para lugar algum.

Qualquer pessoa ou “especialista” que imponha prazos para o retorno à vida de antes está mentindo ou blefando.

O mercado quer que eu diga “não cancele, adie sua viagem”.

Eu não consigo.

Sou pragmática demais para viver no mundo da carochinha.

Tenho paciência de menos para quem olha só para o próprio umbigo.

Vocês me perguntam dia sim e outro também sobre as férias de julho.

Desculpem, mores, mas qual parte vocês não entenderam?

Julho é daqui a 45 dias.

A Europa não está reabrindo. Estão apenas deixando os próprios habitantes darem uma voltinha no parque. Com regras, horários, determinações sanitárias rigorosas e multas para quem desobedecer.

Os Estados Unidos são o epicentro da pandemia. Nós seremos os próximos!

No Brasil, vários estados em lockdown. Outros ainda entrarão.

Sair disso, sabemos, é mais complexo do que entrar.

Fronteiras permanecem fechadas. Por aqui, estamos impedidos de visitar até o Paraguai.

Somos os rejeitados da vez.

Existem ainda outras variáveis: quem perdeu renda, não tem dinheiro. Quem não perdeu, tem medo!

Eu, as duas coisas!

Se você pode, fique em casa.

Quanto mais a gente colaborar, mais rápido tudo isso vai passar! 🙂

 

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Meu manifesto, minha certeza e meu agradecimento! ?

Uma publicação compartilhada por Sílvia Oliveira (@matraqueando) em

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Foto: Raul Mattar (Comunidade Quilombola Córrego da Rocha. Fica em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.)



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15 Comentários

  1. Renato

    Parabéns pela lucidez, pragmatismo e sinceridade. Acompanho blogueiros e “influencers” de viagem e sinceramente estou indignado e de saco cheio de determinadas pessoas que estão sofrendo porque não estão curtindo a primavera num lago italiano, ou porque poderia estar fazendo caminhadas em trilhas na Suíça, ou estão perdendo o início da temporada de praia na Grécia. Isto é abjeto, pessoas estão morrendo ou perdendo a única fonte de renda para colocar comida na mesa e estes privilegiados ficam com esse mimimi, ficam fazendo posts perguntando qual o próximo destino, se Europa, Ásia ou USA.

    Seu texto foi um dos únicos, senão o único, entre as publicações de viagem que coloca a realidade deste momento grave que estamos vivendo. Que mais pessoas tivessem cérebro e coração para escrever estas verdades que você escreveu.

    responder
    • Silvia Oliveira

      Olá, Renato! Obrigada pelas palavras. Não tenho a pretensão de ter sido a única ou a primeira a falar o que precisava ser dito. Mas é certo que depois desse posicionamento, alguns bloggers – e até jornalistas da área – resolveram enfrentar a situação como deve ser. Nunca passamos por isso, tudo o que está acontecendo é absurdamente triste. Voltar a viajar será prioridade para poucos. Um abraço!

      responder
  2. Joice

    Muito lúcida, parabéns por deixar claro o que eu quero dizer, mas parece que ninguem quer escutar. Muitos estao numa realidade paralela. Aqui na minha cidade, os casos de covid aumentam e vamos começar a reabrir. Já nem sei o que dizer mais. Tenho 46 anos e moro com minha mãe de 69. Somos viajantes e para voltarmos a ser o que eramos antes temos que nos preservar. Obrigada mais uma vez pelo posicionamento sensível. Que Deus nos guarde!

    responder
    • Silvia Oliveira

      Olá, Joice! Obrigada pela visita! Aqui em Curitiba, na próxima segunda (25/05) vão reabrir os shoppings. Estamos numa suposta “situação de controle” na cidade. O que eu sempre digo é, quem pode, fique em casa e preserve sobretudo o grupo de risco. Que Deus nos guarde!

      responder
  3. Há ainda o risco de comprar passagem e a agencia e até mesmo cia aérea ir à falência sem condição de reembolso. Eu tenho passagens pagas e canceladas até Dubai pois estávamos indo para Índia. Temos um prazo de 1 ano para tentar usar o crédito. Vamos ver oq vai dar sem neura. Não é sobre vc, não é sobre mim. É sobre o universo!!

    responder
    • Silvia Oliveira

      Pois é… são muitas as incertezas, resguardar-se – para mim – tem sido a melhor solução.

      responder
  4. Maria Cecília Pedrosa

    Silvia, obrigada pela sensatez! A ficha das pessoas ainda não caiu, é inacreditável! Afinal de contas, não conseguem ao menos ficar em casa… Uma hora isso tudo vai passar : ) Por enquanto, ficamos em casa!

    responder
    • Silvia Oliveira

      Então, eu sei que o confinamento é dolorido, traz transtornos de todas as ordens (sobretudo os emocionais), mas quem pode deve ficar em casa, até para poder preservar quem não tem que ir para o front ou quem tá no grupo de risco. Prefiro ficar seis meses sem ver minha mãe, para poder abraçá-la por muitos anos ainda!

      responder
  5. EDSON KOITSI MIYAZATO

    Parabéns pelo pela publicação e pela sinceridade, Silvia.
    Há um bom tempo acompanho o seu blog e os seus guias, com preciosas dicas para os que desejam viajar, conhecer os que os lugares novos têm para oferecer sem que percamos o sono com a futura fatura do cartão de crédito ou o saldo do cheque especial. Os que têm essa possibilidade, realmente são uma minoria neste país, infelizmente.
    Tomara que saiamos deste momento realmente mais conscientes de que todas as vidas estão interligadas de algum forma e que todos os nossos atos têm conseqüências.
    Longa vida ao Matraqueando. Vou continuar acompanhando, pois esse caos irá passar e precisamos ter esperança que sairemos melhores.
    Saudações.

    responder
    • Silvia Oliveira

      Obrigada pelas palavras, Edson! Importante isso que você falou, “nossas vidas estão interligadas”. Não dá mais para achar que é sobre mim, ou sobre você. É sobre nós! Um abraço!

      responder
    • Eduardo

      Gostaria de estar em contato com Edson, meu exaluno da UFF

      responder
  6. Carmen

    Seu texto é realmente lúcido. Sensível. Sensato.
    Aqui, no meu país, a Espanha, as perspectivas são totalmente incertas. Agências de viagens fechadas, hotéis, restaurantes. O estado do alarme vai durar até 21 de junho…
    Há pessoas que têm medo, mas outras são como se isso não estivesse com elas. Realmente, tudo o que nos rodeia nos afeta a todos. É um círculo.
    Saúde!

    responder
    • Silvia Oliveira

      Exatamente como aqui, Carmen! Sequer chegamos ao pico do problema, estamos batendo recordes de novos casos e óbitos, e as pessoas estão pensando em destinos pós pandemia. Para mim é difícil. Temos que encontrar outros refúgios emocionais no momento! Um abraço e força para todos os espanhóis!

      responder
  7. Sensata (e atual) como sempre.

    Obrigada por compartilhar este post simplesmente necessário.

    Beijos e sucesso!!!

    responder
    • Silvia Oliveira

      É tudo muito incerto ainda. Temos que encarar um dia após o outro. Obrigada pela visita, Sabrina. Abraços!

      responder

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Matraqueando - Viagens e Comidinhas | Por Sílvia Oliveira

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