Momento tenso. Você dentro daquela geringonça. Começam os procedimentos de segurança.
Cheque de portas.
Despressurização da cabine. Assentos flutuantes. Desligue os equipamentos eletrônicos.
Não fume. Respire baixo.
— Atenção senhores passageiros sentados na fileira junto às saídas de emergência.
Como assim, emergência? (Na dúvida, eu sempre faço o nome do pai.)
— Portas em automático.
DESLIGUE OS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS. (Pra você que não ouviu direito.)
— Tripulação, decolagem autorizada!
15 minutos depois ele aparece. Galã. Pai de todos. Psicólogo do viajante. Eis o comandante do avião. Voz quase sempre sorumbática e misteriosa. Aquele que acalma, orienta, designa.
— Senhores passageiros, muito boa tarde! Aqui quem fala é o Comandante Gerson Medeiros!
Véééi, ele existe mesmo. Essa coisa de piloto automático é lenda de controlador de tráfego aéreo, só pode!
— Nosso tempo de voo até Salvador será de duas horas e 10 minutos.
O cara é certeiro, preciso. É cumpadi, amigo de fé, irmão camarada. O comandante e aquele tipo de gente que se o barco afunda, vai junto com você. Sem escolha. Fala com a maior propriedade que estamos a 30 mil pés, seja lá o que isso signifique. A gente acredita. É o que importa.
E ainda: se sua viagem tiver uma rota interessante, o comandante provavelmente será seu melhor guia turístico.
— À sua direita temos a cidade de Belo Horizonte, uma das sedes da Copa das Confederações.
Moço, pode conversar, olhar pros lados, mas não tira a mão do guidão, tá.
— Aceita o cardápio, senhora? (Interrupção grosseira)
Amada, eu sou do tempo da Varig e do Comandante Rolim. Tem que comprar o lanche???
— Tripulação, pouso autorizado!
Recolho-me à minha insignificância, saio do transe, pego o manual de instruções no bolsão à frente. Como é mesmo que se faz em caso de pouso na água?
— Bem-vindos a Salvador. São 17h10m, horário local. Por medidas de segurança queiram permanecer sentados até que os sinais luminosos de atar cintos sejam apagados.
Ahhhhhhhhhh matraca-mor, como é bom começar o dia com boas risadas; obrigada. Fico imaginando o quanto seria bom, uma “prosa” com chazinho no fim de tarde, com você, mais um bando de amigas ! Em tempo: Sei que é repetitivo mas não consigo segurar a língua … li absolutamente tudo, logo que descobri o blog. Além dos assuntos instrutivos (admito, sou matraca muquirana) você é muito boa escritora. Os textos são leves, com um vocabulário delicioso; parabéns. Abraços
Nenhuma frase de “avião” é tão assustadora como a tal da “em caso de pouso na água”. Oi? Eu não quero fazer um pouso na água! Não! Nada de usar assento pra flutuar, tá doido? hehe
É bem isso! (risos) Eu sempre achei que devíamos praticar pelo menos uma vez a queda de máscaras e a retirada de assento. Não é que mês passado, no trecho GRU-CWB, uma senhora pediu providências para sua poltrona que estava com um chiclete grudado. Ao lado, eu sugeri aquele lencinho TNT que fica no apoio de cabeça, enquanto o comissário buscava uma solução. Sabe qual? Substituição do assento! Ou seja, pela primeira vez acompanhei a retirada daquilo que dizem flutuar em caso de pouso na água. Não é que, com alguma força, a coisa sai do lugar rapidinho?
Oi Silvia, quando recebo meu guia? Comprei domingo passado, a confirmação do pagamento chegou na terça e até hoje nada. Já encaminhei email pelo sac sem resposta. No aguardo Luciana
Silvia, parabéns pelo texto!!! Sabe, viajar é bom, mas eu sou daquelas pessoas que “morrem” de medo de avião, passo mal, suo frio com qualquer turbulênciazinha, aliás, as turbulências são as minhas piores inimigas! Quando acendem os avisos de atar os cintos no meio do vôo, já era… Antigamente (no tempo da VARIG, olha ela aí!) era só tomar umas duas taças de vinho, péssimo, por sinal, que já dava aquela relaxada. Agora, lanço mão de outros “artifícios”, leia-se Rivotril (prescrito pelo médico: viagem curta tome um, viagem longa tome dois). É o jeito! Como não tenho como pular esta etapa, e ainda não inventaram o teletransportador, tenho mesmo que me render ao bendito avião, pois minha vontade de mundo é maior que o medo. Beijos
Que bárbaro! Adorei… 🙂
Me diverti Silvia, amei!
Ahhhhhhhhhh matraca-mor, como é bom começar o dia com boas risadas; obrigada. Fico imaginando o quanto seria bom, uma “prosa” com chazinho no fim de tarde, com você, mais um bando de amigas !
Em tempo: Sei que é repetitivo mas não consigo segurar a língua … li absolutamente tudo, logo que descobri o blog. Além dos assuntos instrutivos (admito, sou matraca muquirana) você é muito boa escritora. Os textos são leves, com um vocabulário delicioso; parabéns. Abraços
🙂 🙂 🙂
Amei, o que mais dizer? Beijos
Nenhuma frase de “avião” é tão assustadora como a tal da “em caso de pouso na água”. Oi? Eu não quero fazer um pouso na água! Não! Nada de usar assento pra flutuar, tá doido? hehe
Mais um post que me fez rir sozinho na frente do computador e me deixou com cara de tacho na frente dos amigos. Muito bom!!!
Não tô se aguentando consigo própria…kkkkkk!
Que senso de humor! Adorei! Rindo Litros! 😉
Muito bom, silvia, aí vem uma escritora e um livro de crônicas, salve!
abraço,
vera
Menos, Vera! hahahaha! 🙂
É bem isso! (risos) Eu sempre achei que devíamos praticar pelo menos uma vez a queda de máscaras e a retirada de assento. Não é que mês passado, no trecho GRU-CWB, uma senhora pediu providências para sua poltrona que estava com um chiclete grudado. Ao lado, eu sugeri aquele lencinho TNT que fica no apoio de cabeça, enquanto o comissário buscava uma solução. Sabe qual? Substituição do assento! Ou seja, pela primeira vez acompanhei a retirada daquilo que dizem flutuar em caso de pouso na água. Não é que, com alguma força, a coisa sai do lugar rapidinho?
AR-RA-SOU!!!
Oi Silvia, quando recebo meu guia? Comprei domingo passado, a confirmação do pagamento chegou na terça e até hoje nada. Já encaminhei email pelo sac sem resposta.
No aguardo
Luciana
Oi, Luciana!
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Silvia, parabéns pelo texto!!!
Sabe, viajar é bom, mas eu sou daquelas pessoas que “morrem” de medo de avião, passo mal, suo frio com qualquer turbulênciazinha, aliás, as turbulências são as minhas piores inimigas! Quando acendem os avisos de atar os cintos no meio do vôo, já era… Antigamente (no tempo da VARIG, olha ela aí!) era só tomar umas duas taças de vinho, péssimo, por sinal, que já dava aquela relaxada. Agora, lanço mão de outros “artifícios”, leia-se Rivotril (prescrito pelo médico: viagem curta tome um, viagem longa tome dois). É o jeito! Como não tenho como pular esta etapa, e ainda não inventaram o teletransportador, tenho mesmo que me render ao bendito avião, pois minha vontade de mundo é maior que o medo. Beijos
E eu procurando uma crônica pra eu me inspirar… achei!
Parabéns!
Foi muito divertido ler!