Publicado 02/08/2007 - Atualizado 07/12/2009
Flamenco: escultura em movimento
Sou fascinada pelos ritmos e danças brasileiros. Samba, xaxado, xote, vaneirão, lambada, gafieira. Fico emocionada com manifestações folclóricas como fandango, congada, maracatu e frevo.
Embriago-me escutando Gardel e Piazzolla. Assisti em Buenos Aires a um dos melhores espetáculos de tango do planeta.
Acho um deslumbre a cadência caribenha da salsa, da rumba, do mambo e do merengue (ainda que eu nunca saiba distinguir a diferença entre um e outro).
Na verdade, gosto tanto de dança que até as Quadrilhas juninas são, para mim, uma das mais perfeitas manifestações artística dos bailes.
Mas não existe na face da terra – na minha visão apaixonada – um ritmo, uma coreografia, um compasso, uma expressão mais fascinante, erudita, atraente e embasbacante do que o Flamenco.
Fortemente influenciado pela cultura cigana, o Flamenco tem raízes na música moura, preservada no sul da Espanha após 700 anos de domínio árabe. Quem já teve a oportunidade de presenciar um espetáculo desses, concorda: é um arrebatamento emocional.
Fotos: Raul Mattar – Espetáculo do estudio de dança Aire Flamenco, ontem, em Curitiba.
Eu estava lá!! (como diz a Silvinha: UHUUU!!)
"A partir do século 18, nasce o flamenco, uma manifestação artística originariamente popular resultado da fusão de diversas culturas que atravessaram a Andaluzia durante séculos. Os ciganos andaluzes formaram essa arte com materiais de culturas grega, hindu, muçulmana, mozoárabe, judaica e negra. Perseguidos e sofridos, começaram, em segredo, a dar vazão a todo esse sofrimento. Expressavam-se em lamentos que constituíram a origem de todo o flamenco."
Realmente, arrebatador!
Nossa, que máximo!!!
Teve isso ontem e eu nem fiquei sabendo…gente, em que mundo estou vivendo, ó céus?
De qq maneira, também adoro qualquer tipo de manifestação popular.
Todos os anos, enquanto morava em Vitória, me acabava nos carnavais de congo, fincada e puxada do mastro nas Festas de São Benedito, era uma delícia mexer o corpo pra lá e pra cá, no ritmo dos tambores, da casaca, junto com as tiazinhas que se esgoelam e desafinam, berrando " Madalena, Madaleeeeenaaaa, você é meu bem-quereeeeer, eu vou falar pra todo mundo, vou falar pra todo mundo, que eu quero é vocêêê", cantando as músicas que aprenderam com suas avós.
Também me esbaldava -desde criancinha- nos ensaios das escolas de samba locais, com meu pai que é sambista e um dos primeiros a desfilar como passista nos primórdios do carnaval capixaba.
Todo ano, desfilava em alguma escola e tenho até a minha agremiação do coração, a tetra-campeã do carnaval, a minha querida e amada Unidos de Jucutuquara, Jucuta para os íntimos, hehehe…
E assim é lá em casa. Filha, irmã, sobrinha e afilhada de músico, era pra coisa estar estar na veia. Mas nem está,pois samba no pé que é bom,'necas de pitibiriba',que coisa!
Eu sou filha de crioulo e de índia, e quando pirralha, fazia permanente pra ter cabelos cacheados, e chorava por não ter bunda de preto, beiça de preto, cor de preto, eu era uma índia querendo ser negona mas o máximo que conseguia ser era uma índia de cabelo levemente ondulado,mais vermelha de sol e que sabia no máximo a dança da chuva ( hehehe, nem isso).
Até hoje fico p. da vida por não saber sambar, mas pra me conformar, fico, desde pequena, repetindo pra mim mesma: "Ora bolas, Deus me fez linda e inteligente, saber sambar já seria a perfeição."
hahahahahahahahahahahahaha!!!!!
( é que a modéstia, você sabe, numa hora dessas não ajuda muito)
Ai, que lindo!!!!!!!!
Já fiz flamenco quando era criança. Foi aí que nasceu minha paixão pelo espanhol. Fotos maravilhosas!!!
Você voltou com a bola toda. Matraca News com muitas novidades e essas fotos do Raul estão de Mattar… rs… Todo mundo aqui no blog ja fez essa brincadeira.
Até mais.
Isaaa!!!
Depois de um ano, tres meses e alguns dias de Matraqueando você dá o ar das graças aqui!!! E cheia das informações… Volte, voltae, volte, MAIS VEZES!(Inda bem que você não corregiu meus erros de português em público, como faz nos bastidores…) hohohohoho!
Unidos de Jucutuquara??? Ô Gisela, minha nega!Eu é que pergunto, em que mudo eu vivo???
Sirlene… tô querendo voltar para a dança… vamos encarar juntas?? Arfff!
Ai, Marcia… nem se preocupe… todo mundo um dia – se não fez – vai fazer esse trocadilho!huahuahuahua!
ADOREI as fotos do Raul Mattar! Lindas! E sua visão do flamenco, Sílvia, é realmente a que tenho, é arrebatamento, fascinação… difícil não se apaixonar! Fiquei muito feliz por ver meu espetáculo neste blog! Parabéns e obrigada!