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 -  Atualizado 31/08/2010

Como identificar um paulista na praia

Publicado por: Silvia Oliveira Matraqueando

Não briguem comigo. Isso não é gozação. Trata-se de bom humor. Sou londrinense – do interior do Paraná – mas me encaixaria direitinho no perfil de um paulista na praia. Vi esse texto no portal Terra e não resisti, trouxe para cá. Foi escrito, vejam vocês, por um paulistano. É a capacidade que todos deveríamos ter de rir de nós mesmos!

DEZ COISAS QUE IDENTIFICAM O TURISTA PAULISTA NA PRAIA
Por Claudio R. S. Pucci

São Paulo que amanhece trabalhando. São Paulo, a locomotiva do Brasil. Por todo o lado nós paulistanos temos a fama de estressados, workaholics e pessoas que só pensam em trabalhar, até a hora em que surge um feriado ou o momento mágico e deslumbrante das férias. Aí a coisa muda. Ou não? Já sabemos que paulistas são loucos por praia a ponto de lotar as estradas quando de um descanso prolongado ou no verão.

Também é sabido que o Rio de Janeiro é um dos destinos favoritos, então resolvemos consultar alguns cariocas para saber quais são as manias paulistas facilmente identificáveis na praia. Sabemos que muita gente vai xingar, mas o resultado está abaixo:

Paulista leva a casa para a praia: nós chegamos na orla equipados de celular, Ipod, cadeiras (porque homem paulista não põe a bunda na areia), toalhas, esteira, 11 tipos de protetores solar, geladeira com a cerveja, brinquedos das crianças, cartas para jogar truco, bola de futebol, raquetes diversas, bóias e, em alguns casos, o cachorro. (A MATRACA => Não, eu não levo notebook para a praia. Mas concordo em levar seja lá o que for para não ter que enconstar a buzanfa na areia.)

Paulista adora uma fila: seja para comer, tomar sorvete e, a mais famosa em cidades no litoral, comprar o pãozinho matinal, ficar de 30 a 90 minutos na fila parece ser o máximo de divertimento para nós. (A MATRACA => Não se trata de gostar de fila ou não. É que, quase sempre, viajamos todos na mesma época: feriadão.)

Paulista geralmente começa o verão branco e termina vermelho: isso quando não volta com manchas brancas em pedaços do corpo devido ao excesso de protetor solar. (A MATRACA => Isso não é uma profecia, é premonição. O máximo que consigo obter de um bronzeado é um rosa escuro.)

Paulista joga frescobol com bola de tênis: é sério isso. Bola de borracha, nem pensar, mesmo porque quando cai no mar é impossível de se achar. (A MATRACA => Deusolivre! Nesse não me enquadro. Imaginem só, correndo de um lado para o outro, com as pelancas para cima e para baixo. Nem mooooorta!)

Paulista consome muito: do camarãozinho no espeto que há 3 dias está tomando sol na barraquinha a “lindíssimas” estatuetas feita de côco e conchas, passando por esteiras de palha e colares hippies, nós compramos de tudo. Só que regateamos o preço, porque sabemos que aquela rede que começa custando R$ 300 vai ser comprada por R$ 25. (A MATRACA =>Já passei da fase do compra-tudo. Agora, como sabem, só imã de geladeira. Mas de colar hippie comprado em barraquinhas beira-mar já tive até coleção. No entanto, pechinchar , isso sim, é com o Raul – outro do paranazão bem paulistinha na praia).

Paulista fica estressado até o terceiro dia de férias: é praticamente impossível para o turista de São Paulo relaxar e esquecer o escritório nos três primeiros dias de descanso. Depois ele começa lentamente a relaxar e pensar em alternativas ao trabalho como montar uma pousada na praia ou vender sanduíche natural na areia. No penúltimo dia de férias começa a ficar deprimido porque a folga está acabando e dali a alguns dias tem que pegar no batente de novo. (A MATRACA => De fato, empreendedora que sou, não passo um minuto (e não precisa ser só na praia) sem ficar pensando como poderia ganhar dinheiro ali. Sim, já pensei em pousada e até em loja de produtos naturais. Rá!)

Paulista viaja no feriado só para se estressar na volta: especialmente no verão, nós adoramos levar cinco horas para rodar 120 km, descansar uns dias, aproveitar até o último minuto de sol na praia para assim enfrentar umas sete horas de congestionamento na volta da capital. Adivinha o resultado? E isso é válido para Campos do Jordão no inverno também. (A MATRACA => Eu tenho feito diferente. Volto um dia antes ou um dia depois da muvuca. Tem dado certo!)

Paulista vai para a praia e depois reclama da areia no pé: e nesse processo doloroso toca levar minutos preciosos batendo desesperadamente com a toalha no pisante para ver se fica impecavelmente limpo. Isso sem contar uma mania que assusta nossos irmãos cariocas: nós vamos até a beira da água de chinelo e depois tiramos para entrar no mar. (A MATRACA => Hahahahahaha! Se eu pudesse fazia um abaixo-assinado na prefeitura de todas as cidades litorâneas para que colocassem passarela nas areias até chegar à agua. Assim, não precisaria ficar batendo desesperadamente com a toalha no pisante…)

Paulista não deixa de ser paulista em cidades no nordeste ou no Rio de Janeiro: ou seja, precisamos achar urgentemente um shopping (de preferência com cinema). Se tiver todas as regalias em um resort que evite que nos desloquemos para paragens distantes, melhor ainda. (A MATRACA => Resort, não. Mas um pouco de civilização – se vocês chamam isso de shopping, tudo bem – para mim é fundamental. A trilogia coqueiro / mar calmo / areia fina por mais de 48 horas seguidas – sem nada pra fazer – me deprime.)

Paulista vai para o Rio  de Janeiro e acha que o Corcovado e o Pão de Açúcar são a mesma montanha: apesar de loucos por mapas, guias e agora pelo GPS, os turistas paulistas ainda hoje fazem a confusão. E os cariocas se divertem! (A MATRACA => Já até aprendi a mexer no Maps Google, mas toda vez que vou ao Rio – e vou pra lá desde pequena – eu insisto em andar de bondinho no Corcovado. hoho!)

Foto: Getty Image


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14 Comentários

  1. Sirlene

    hahaha, ai quase me mato de rir.. isso está a cara dos paranaenses também!

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  2. Cris Caetano

    Morri de rir, e tô tranquila porque tenho muitos amigos paulistas. Mas como carioca, frequentadora assídua de praia (moro perto), relembrei de várias situações lendo o texto. A bola de tênis no frescobol entrega qualquer um, e jogam na beira da água… seeeempre.

    Beijinhos

    responder
  3. Anonymous

    Uiaa…acho que tô deixando de ser paulista! Tem umas coisas que não faço mais não..rs (adorar fila por exemplo e muvuca na volta). Mas confesso, lugarzinho com ar condicionado, comprinhas e outros "caprichos", até na praia é bom ter, né? Acho que já tô mais pra jeca, viu! tipica do interior (aliás aqui estamos em pleno arraiá junino). Bom demais.
    Bjs
    Nair

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  4. Priscila Goldman

    Perfeito! Sou de São Paulo, me enquadro em quase tudo. também não gosto de fila, mas a gente sempre acaba enfrentando uma! beijao!

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  5. Taciano Segovia

    Foi bom a Silvia ter comentado a matéria, pois mostra o quanto de coração paulista tem espalhado pelo Brasil. Moro no estado de São Paulo e arrisco a escrever que o Paulistano é o mais fanático por praia que eu já vi, e olha que o mineiro não fica longe viu, precisam ver os mineiros invadindo a praia capixaba em Janeiro. Mas Comparar Carioca com Paulista é motivo de risadas mesmo, enquanto um nasce com o pé na água do mar o outro muito provavelmente irá nascer no engarrafamento, talvez seja por isso que o Paulistano não se importe em transito de 4 horas para percorrer 100 km no feriado.
    Curtir a praia no frio desejando o sol do verão, venerar a praia no verão pensando no frio do shopping, eis a verdadeira praia do paulista!

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  6. SÍLVIA OLIVEIRA

    SIRLENE: isso é a cara do Murica! hohohoho!

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  7. SÍLVIA OLIVEIRA

    CRIS: eu também morri de rir, mas de MIM mesma! hahahah!

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  8. SÍLVIA OLIVEIRA

    NAIR: essa lista é para o paulista da gema. Você já é pé vermeio! 🙂

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  9. SÍLVIA OLIVEIRA

    PRISCILA: fila para paulista faz parrrte!

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  10. SÍLVIA OLIVEIRA

    TACIANO: boa análise! Ficar três horas no trânisto para chegar à praia deve ser bem mais interessante do que ficar o mesmo tempo parado no engarrafamento para ir ao trabalho! Taí a explicação do paulista não se importar com as filas enooormes dos feriadões! Abs!

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  11. hahaha adorei! Super divertido, principalmente os comentarios extras!

    bjs

    Pati

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  12. Passei mal de rir visualizando as cenas. HAHAHA

    Confesso que também me irrito com a areia no pé na hora de ir embora. rsrs (Sou carioca, criado desde os 3 anos de idade em Brasília)

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  13. Ana

    Meu, nada a ver. Mó viagem!!!!

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    • Silvia Oliveira

      Podicrê!

      responder

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