Como diferenciar uma hospedagem simples da pobre de espírito
Conto nos dedos de meia mão quantas vezes pude passar alguns dias num hotel de categoria superior. Minha especialidade é a hospedagem simples, a pousada rústica, o hotelzinho despojado, o albergue fuleiro ou a estância jaguara. Sempre trago boas lembranças. Deprimente e traumático é quando caio num lugar pobre de espírito.
A hospedagem pobre de espírito tem alma tacanha. Para ela, atendimento, missão e valores são coisas de estudante de marketing desocupado. Enquanto as pousadas simples oferecem um carinhoso chá de capim limão no meio da tarde, a pobre de espírito disponibiliza papel higiênico lixinha nos banheiros. Quase sempre desinfetados com o alarmante Pinho Sol, é certo.
Em nome do baixo custo, quem trabalha ou gerencia a hospedagem pobre de espírito confunde contenção de despesas com desmazelo e falta de dignidade. Em vez de investir em lençóis brancos de algodão – embora sejam um pouco mais caros podem durar uma vida – jogam os hóspedes em panos piniquentos de florzinha , cheios de bolinhas com a desculpa esfarrapada de que são mais baratos. Sim, até são. Só que a falta de visão não deixa o empresário desinteressado perceber que isso vai custar, mais tarde, a própria biografia da empresa.
Delicadezas não custam quase nada, quando não, saem de graça. E isso varia do sorriso disposto a um par de balinhas de hortelã oferecido no check-out. Mas a hospedagem pobre de espírito é melancólica por natureza. Fico desacorçoada quando encontro um “café da manhã incluído na diária” como se fosse um favor do estabelecimento.
Leite cheio de nata, café aguado, pães amanhecidos e, pior, uma apresentação deplorável com margarina e geléias lambuzadas em potinhos plásticos velhos! A hospedagem simples, ao contrário, tem por essência cuidar, zelar pelo bem-estar e acolher com delicadeza. E isso inclui oferecer, além de um básico e decente café da manhã, uma caseira e cheirosa torta de banana para acompanhar – por exemplo.
O hoteleiro pobre de espírito insiste no baixo padrão do seu negócio porque acredita que a simplicidade está associada ao desprezo pelo outro. Ele não se importa em agradar. Acha que uma cama e um chuveiro são suficientes porque cobra pouco. Concordo que hospedagens econômicas são desprovidas de luxos e de certos serviços.
Mas quanto custaria ao empreendimento imprimir simpáticas mensagens de boas-vindas e deixar sobre sua cama ao lado de um chocolatinho regional? Por certo, só a mensagem já produziria uma sensação reconfortante ao hóspede.
A hospedagem pobre de espírito tem um agravante: não gosta de crianças, apesar de aceitá-las como “cortesia”. Se você desemboca num lugar desses com seus bacuris pode estar certo de que, se não for mal-tratado, muito provavelmente não será bem-vindo. Não há pretexto – nem baixo custo – que justifique tanta animosidade. Já vi pousada pequena, módica e sem infra-estrutura para os pequenos oferecer de bom grado um balão colorido quando a garotada chega. Assim, simples e suficiente.
É possível diferenciar uma hospedagem simples da pobre de espírito já no primeiro dia. Na pobre de espírito o recepcionista está jururu e tem cara de poucos amigos. Ele não atende ou recebe você, apenas preenche uma ficha com seus dados.
A tia da limpeza – seres simpáticos e comunicativos de nascença – fica sorumbática em ambientes como esse. Num encontro pelo corredor, ela não lança um “bom dia”, mas “fia, cuidado com o carpete”. Ainda tem isso. Nem toda hospedagem com carpete é pobre de espírito. Mas toda acomodação pobre de espírito vai ter alguma ala com carpete. 🙄
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amei o texto Silvia! acho que não só hospedagem, mas tudo na vida pode se dividir em: básico, charmoso ou pobre de espírito. 😉
E comentando seu comentário lá no blog: o Atacama é para sonhar sempre! Também fiz o que queria, mas a energia do lugar chama… eu só desanimo um pouco quando lembro das mil e uma conexões que me comeram dois dias inteiros (milhas-pinga-pinga, mas valeu!).
Concordo com a Ana Carolina: primeiro, amei o texto. Claro, objetivo, fala tudo o que a gente pensa (mas não sabemos como se expressar) e, segundo, pode ser aplicado a tudo, de restaurantes a cabelereiros! 🙂
Perfeito , lucido e verdadeiro !
Adorei , viu Silvia ?
Precisava imprimir isso e sair distribuindo por ai rsrsr Perfeito!
Minha amiga, há muito não “ouvia” algo tão sensato:
“Nem toda hospedagem com carpete é pobre de espírito. Mas toda acomodação pobre de espírito vai ter alguma ala com carpete”
Silvia Oliveira
Vai para o livro Reflexões e Pensamentos! bjinhos
Oi Silvia! Adorei esse texto e já caí em tanta hospedagem “fuleira” na vida! Mas vivendo e aprendendo. Andei sumida de tudo porque estava voltada para a seleção do doutorado (lembra que vc me enviou um texto seu quando eu buscava referências bibliográficas?). Então, passei. Será que agora vou ter mais tempo? rs
Beijos para vc e sem dúvida volto a ser assídua – só não tenho viajado tanto quanto gostaria (ainda).
Perfeito! Realmente tem uma diferença gigante entre pagar pouco e receber delicadezas e pagar pouco e receber papel higiênico lixinha. hahahahahaha!
Muito bom texto, sivinha, e as idéis estão perfeitas.
beijo,
vera
Seria legal se houvesse um selo ou algo semelhante que ajudasse a distinguir a hospedagem simples mas efetivamente hospitaleira da hospedagem inóspita (como seu texto bem demonstra, esse oximoro existe aos montes). Infelizmente a classificação em estrelas, mesmo nos países onde a fiscalização é mais rigorosa, não afere esses pequenos detalhes. Um 3 estrelas muquefento é dez vezes pior que um 2 estrelas bem cuidado. Infelizmente essa informação a gente só consegue boca a boca ou chegando com a mochila e pedindo para ver o quarto antes. Parabéns pelo excelente texto.
Fantástico Silvia!
A pobreza de espírito muitas vezes afeta pousadas que cobram um pouco mais também (entre 250 a diária). Delicadeza e gentileza não tem muito a ver com preços, e, infelizmente, até quando pagamos mais por isso, acontece.
Comigo aconteceu recentemente, em viagem de comemoração de aniversário de casamento. Não quero divulgar o nome por motivos éticos. Imagina chegar de madrugada com um bebê e ver que os lençóis não foram trocados? Isso não tem desculpa, não é? E olha que foi uma pousada recomendadíssima, na linda praia de Itacimirm – Litoral Norte da Bahia.
Depois disso me desencantei tanto que o que valeu foi a linda vista para o mar e, é claro, a compania do maridão e do filhote.
Beijos!
Ai, Simone, nem me fale! Pagar muito ou pagar bem e ainda assim não ter o mínimo aceitável é chocante! Isso nem é hospedagem pobre de espírito, mas ordinária mesmo!
Nem me fale… Isso porque eu avisei que era nosso aniversário de casamento e que estávamos com um bebê de 1 ano e 3 meses. Achei que, no mínimo, teria um agrado, sabe? Que nada, lençóis usados, com cheiro, um absurdo! Outras coisas podem até passar, mas dormir em lençol usado não dá! Acho que me acostumei muito mal com as pousadas da Rota Ecológica…rs
Suas dicas são ótimas, adoro!!!!
Beijos
Silvinha, já falei que vc é demais? Já né? hehehe….
Adoreiii o texto, é isso mesmo….
Otimo feriado….passo aqui sempre…..assim mato a saudade de vc, lendo seus textos….
Beijo
Clau
Adorei Silvia! Também sou habituée de cafofos, mas nunca me dei muuuito mal. E concordo que o pobre de espírito pode estar até mesmo escondido entre as estrelas…
Texto brilhante.
Perfeito!!!!
Sou como você, geralmente fico em Pousadas , albergues, etc. Tudo simples! Mas detesto a pobreza de espírito!
Nossa! A parte do lençol foi perfeita! O Tales (Zuco) sempre se estressa com lençol ruim e cheio de bolinhas. Quando fomos para Natal, ele chegou a forrar o travesseiro com a minha canga, de tão crítica que a situação estava.
No Hostel Chapada (Lençóis – BA) a experiência foi inversa, lugar simples, mas sem pobreza de espirito. O café da manhã era simples, mas com gosto de casa! O próprio dono (Juan – argentino) sempre fazia alguma coisa especial! Tapioca, cuscuz, etc. Recomendo 100%.
Excelente crônica! Me identifiquei muuuito!!!!
O que tem de pousada / hotel e outros serviços pobres de espírito por aí não está no gibi (é uma rima, mas não uma solução)…
Abraços!
Nossa, me achei no local “pobre de espirito”. Há alguns anos atrás, fui a Gramado com minha prima, ficamos em uma pousada deste estilo. Estava frio, o aquecimento não ficou ligado o tempo inteiro, a cama era horrivel, o cafe o estilo citado no texto seguindo o estilo “pobre de espirito”. Tinha pouquissimas quantidades no café, ou seja, 2-3 fatias de pão, 2-3 fatias de bolo… Passamos um email falando disso e uma parte que me chamou a atenção: “voces dormiram em uma cama box sabiam? São as melhores camas do mundo”. Sim, são mas aquelas não eram! Ele poderia ter respondido de uma outra maneira! Não estavamos pedidindo, de forma alguma, uma diaria extra e sim a melhoria do local. Pelo jeito que fui tratada, nunca recomendo a pousada! Acho que um local simples não necessariamente tem que ser ruim. Exatamente como voce falou. Eles me deixaram tão traumatizada que hoje quando escuto a palavra pousada acho que vai ser sempre desse jeito. Hoje, dou preferencias a hotéis que se enquadram no meu orçamento.
Resumindo, achei o texto otimo!
Abraços
Vica
Alojamento simple, sim!… alojamento pobre de espírito nunca jamais!!!
Bjs
Adorei o texto também!
Parabéns pela lucidez e que ouçam seus sábios conselhos os donos de pousada!!
Visitando seu blog pela primeira vez e me identifiquei com seu modo de ver e de redigir suas percepções! Parabéns! Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Muito bom o texto Silvia! Eu que também fico em hotéis simples já cai nas 2 categorias…
Deus nos livre das pousadas pobres de espírito… Com certeza não será delas o reino dos céus!
Silvia,
Como sempre, você foi precisa! Seu post é praticamente um tratado descritivo das espécies mais econômicas de hospedagem… rs
Não tem nada melhor que uma pousada simples!
Abs
Sílvia, que texto preciso! Como eu te contei, segundo a sua indicação, fiquei em Puerto Varas numa pousada simples mas charmosíssima, nada de pobre de espírito, cuidado e carinho em cada detalhe (Hotel Weisserhaus). Amei. Beijos
Bah, Silvia! Teu blog é espetacular! Eu adoro o VnV, mas nunca consigo seguir os conselhos do mestre no quesito hospedagem porque tô muito mais pro albergue rústico do que pro hotel charmoso e novinho.
Os donos de pousadas, hosteles e albergues deveriam ler o teu post! E
u mesma cada vez que vou a um lugar destes -bom ou ruim- sempre fico com vontade de ter minha própria pousada com caprichos pequenos e delicados que seriam um diferencial neste mar de estabelecimentos do tipo.
Obrigada pelas dicas! Tô lendo o “Espanha 50 euros por dia” e aproveitando as dicas (viajo sábado, cheia de expectativas, apesar do invernão).
Beijo
Adorei a definição: “Pobre de Espírito”…
E olha que encontramos cada vez mais esse tipo de hotel. E a culpa é dessa conteção de despesas burras. Investir na qualidade é certeza de retorno. Pode não ser a curto prazo, mas ele virá e será muito bom.
Vale a pena investir na qualidade, que não é sinônimo de luxúria, e sim, de bom gosto e respeito pelo cliente.
Abraços!
Entretanto vale lembrar que ninguém é obrigado a se hospedar em tal ou tal lugar sendo essa uma escolha, pois o hospede é livre para decidir….
Assim como as estalagnes mediocres, também existem os hospedandos mediócres, que não querem pagar por nada, mas fazem questão de tudo…..
Muito bem lembrado, Abgail. Quando se paga pouco, geralmente sabemos que a hospedagem é desprovida de certas serviços. O que não justifica a pobreza de espírito de muitas hospedagens baratas, que justificam falhas absurdas por que cobram pouco. No entanto, existe, sim, hóspede imbecil que quer pagar uma micharia, mas quer alguém para carregar malas, lençóis de linho, amenities no banheiro… aí num dá, né!
Aqui vale lembrar também que há locais muito luxuosos e ainda assim pobres de espírito, né?
Sem dúvida nenhuma, Andressa! 🙂
Caraca…… vc continua o máximo, né!!!!
Que texto perfeito!!!
Eu, que sempre gostei de me aventurar, sei muito bem o que é encontrar pela frente hospedagem “pobre de espírito”!
Afff!!!
Beijos … beijos.
Pô, como ousas ficar tanto tempo sem dar o ar da graça por aqui? Bora matraquear!!!! 🙂
minha última hospedagem pobre de espirito, foi a pousada lagamar em parati. moscas nos paes, nojento. meu bacuri pediu agua no cafe da manha. no primeiro dia, so tinha quente. no segundo nem quente tinha.
o que valeu foi o tempo maravilhoso, o passeio de barco, em suma o tempo passdo longe da pousada PdE.
Nossa Silvia, li seu texto como se ele fosse meu!
Quem fez o preço? O estabelecimento ou o cliente? O estabelecimento certo? Então por que o cliente tem que pagar o pato?
Eu sempre digo que independente do valor que é cobrado pelo serviço, temos o direito de sermos tratados com o mínimo de dignidade. Se o local não tem condiçoes de hospedar pelo preço Y, então não o faça.
🙁
Nossa, seu texto me fez lembrar da pousada Mikolay, em Gramado, simplééérrima, mas riquíssima em espírito, com um café da manhã super caseiro, tudo saindo quentinho do forno, ai que delícia! É bem isso que procuro, lugares simples e ricos em espírito. Bem que poderias fazer uma listinha destes lugares que já lassaste, né? Bj
Parabéns pelo texto Silvia! E como muitos já falaram aqui, pobreza de espirito não tem relação com preço ou status, é um estilo de vida!! Torcemos sempre pra nunca encontrar esses pobretões em nossas viagens, pq isso acaba com qq humor 🙂
Bjo
De acordo! 😀
Sílvia, me indica um hotel simples em Curitiba, que não seja pobre de espírito??Estou um pouco preocupada pois sou de Belo Horizonte e vou sozinha, tenho pouca experiencia em viagens solo.
Li em outro site que a regiao central não é lá mto segura, e que os hoteis prox. a Rodoferroviaria sao meio duvidosos. Por outro lado, ficar no Batel não tá barato.
Minha viagem vai começar pela ilha do Mel (sexta a domingo) e Curitiba de seg a quarta. Pensei em inverter a ordem pra pagar mais barato em Curitiba, mas penso que a ilha vazia durante a semana pode ser meio depressivo pra mim.
Qualquer dica que puder dar vai ajudar muito!
Na região da rodoferroviária tem o econômico Formule 1 – da rede Accor que tem valor único para até 3 pessoas no mesmo quarto – e no Batel, o Ibis Batel. Não sei qual a sua previsão de gastos, mas tem o Roma Hostel (albergue) que fica em frente ao Shopping Estação! Abs!
A verdade sou um recente propietariode pousada, procurando outras coisas por internet me di com esta pagina. Vc esta correcta super certa, a falta de calidez humana e mezquindade espanta cualquer pasageiro e hipoteca ofuturo de qualquer emprendimento. Agraceço a vc por o texto sirveu muito para mi. saludos Leo
Adorei o texto. É exatamente a impressão que eu tenho sobre hotéis baratos. Estou viajando com um orçamento apertado pela ásia. já encontrei algumas excelentes hospedagens simples e outras tantas pobres de espirito. Quando se está longe de casa um hotel acolhedor é tão bom. Eu fico me lembrando dos hotéis baratinhos que ficava no interior de minas, em cidades pequenas e pobres (a trabalho) mas super acolhedores e com aquele café da manhã que só o brasil sabe oferecer….
Adorei o texto, gostaria que as pessoas/usuarios que avaliam os hoteis e pousadas que frequentam tb tivessem essa desenvoltura … facilitaria para todos.
Nossa! Estive esta semana em um hotel (?) exatamente assim em Porto Alegre… rssss….
Ainda não tive essa má sorte de cair num muquifo pobre de espirito, as pousada que já visitei eu pesquisei muito e fui atrás de vários depoimentos, pra mim é imprescindível ter uma boa cama, limpeza descente do local e bom atendimento, nesses aspectos eu me dei bem na minhas escolhas.É tão gostoso você entrar num quarto de uma pousada e sentir aquele cheirinho agrádavel, e no café da manhã conseguir notar a preocupação da pousada em agradar o máximo possivel os hospédes, isso é muito e bom e querendo ou não a gente se sente super a vontade e importantes.
Silvia!!!
Como eu curto teus textos, sempre tão lúcidos e ao mesmo tempo divertidos! Tens razão em tudo o que falaste, e faço minhas as palavras do pessoal que ja comentou por aqui!
Aqui em casa somos adeptos do simples e aconchegante, geralmente ficamos em pousadas ou apes! Uma vez nos ocorreu na cidade de Torres de cair em uma pousada com site perfeito, atendimento por telefone perfeito, comentários bons… E quando chegamos lá, simplesmente não conseguimos entrar no quarto, nos obrigamos a reclamar e desistir da reserva! E olha que não somos nada reclamões, aceitamos muitas falhas numa boa, com conversa e soluções, mas do jeito que apresentaram essa, não tivemos outra saída!
Um adendo: bora compartilhar esse texto por ai, pode??? Gestores de hospedagem e turismo precisam ter conhecimento disso!!! 🙂
Um beijo grande, de quem comenta pouco, mas quando comenta, quase faltam caracteres!!! Kkk
Ótimas considerações. Deveria ser enviado a todos os donos de hotéis e pousadas. Parabéns.
Nossa!!!!! Texto gostoso, leve, fácil de entender, disse tudo o que alguém gostaria de dizer ou escrever, mas esse dom não é para todos . Silvia, você é mui ADMIRAVEL ! Vejo amor no que faz. Beijão.
Obrigada, Edna! Apareça sempre! 😉
Tenho que imprimir um monte desses pra deixar de “lembrança” para as pousadas pobres de espírito que encontrar por aí! rsrrss
Muito bom texto, Silvia!
Na minha última viagem, fiquei em hotéis de rede, mas considerados simples (Ibis e Ibis Budget) e por duas vezes precisei caçar a “tia da limpeza” e dizer que precisava repor o sabonete líquido…
(ainda bem que levo sempre um frasquinho com sabonete na mala…)
Pois é, eu sempre fiquei em hospedagens simples… mas ando muito embirrada com sovinice e má vontade só porque o lugar é “barato”.
Texto perfeito que me fez lembrar de exemplares de ambas as categorias de hospedagem. Uma vez, em especial, numa viagem com amigos, essa diferença saltou aos olhos. Íamos ficar todos num determinado lugar, mas quando algumas pessoas descobriram que tal lugar era um hostel, deram para trás: “ui, um albergue, Deus me livre”, aquele preconceito típico de brasileiros pouco habituados a viajar.
Eu e mais algumas pessoas já tínhamos feito e mantivemos nossas reservas no hostel em questão, que se revelou uma hospedagem simples, porém simpática e agradável (e barata, claro). Tudo limpinho, piso de cerâmica, comidinha simples mas honesta, funcionários simpáticos e bem dispostos, uma piscina show, animação para quem queria festa, tranquilidade para quem queria sossego.
O pessoal que desistiu do hostel foi parar num hotelzinho velho e tristonho. Pela cara dos que nos visitaram no hostel, era visível a frustração resultante da escolha. E adivinha? Todo mundo passando mal de rinite por causa do carpete fedorento, rs. Clássico.
Hahaha, ótimos exemplos! 😀