Centro de Turismo de Natal
Tem gente que vem a Natal para lagartear na praia de Ponta Negra ou sacolejar dentro de um buggy nas dunas de Genipabu ou, ainda, conhecer as belezas do litoral que estão fora da capital. Quero voltar para fazer tudo isso também, mas em outro contexto – não tão express como a Expedição Brasil do Matraqueando.
Vou até abrir um parêntese aqui para quem está preparando uma viagem para a capital potiguar: no portal Mala Pronta Natal, o maior site de turismo da cidade, você encontra dicas essenciais para planejar seu roteiro com guias completos e gratuitos.
Mas voltando: entre minhas prioridades estava visitar o Forte dos Reis Magos – que abriga o documento histórico mais antigo do Brasil – e comer o famosésimo bolinho de macaxeira (aipim para os íntimos, mandioca para mim) no Centro de Turismo de Natal.
O centro oferece o melhor do artesanato, arte e cultura potiguar. Só o prédio neoclássico, do século 19, já vale a visita. Foi sede de albergue para andarilhos, orfanato e, por fim, a antiga prisão da cidade. Há 30 anos foi todo recuperado e as celas se transformaram em 38 charmosas lojinhas.
Vendem desde rendas de labirinto (uma atividade artesanal com forte tradição no Nordeste), peças de madeira, cerâmica em estilo português, literatura de cordel e até – desconjuro – garrafinhas de areia colorida. (Mas se você gosta, manda ver! Eu também já trouxe berimbau da Bahia um dia…)
A localização é espetacular. O Centro de Turismo de Natal fica no alto de uma duna no bairro de Petrópolis, de onde se tem uma linda vista do mar e do Rio Potengi. Além de lojas, há uma galeria de arte e lanchonete.
Comida típica
No restaurante Maranosso, o único do lugar, estão as iguarias feitas pelas tias Chica e Lúcia há 27 anos: bolinho de macaxeira de camarão, queijo coalho ou carne de sol. R$ 3,00 cada. De tão cremoso, não é um acepipe que dá para segurar com as mãos. Come-se com garfinho. Eu experimentei o de camarão. Realmente… um pitéu!
Para beber, pedi um suco de seriguela (uma prima do cajá) que – ou foi mal preparado ou não tem gosto de nada. O restaurante só abre no almoço, com exceção de quinta-feira – que também oferece jantar.
É que às quintas-feiras, há mais de 20 anos, acontece aqui o esperado Forró com Turista, uma festa tradicional que – independentemente da época – promove uma quadrilha junina no final. Durante o evento, os visitantes aprendem a dançar com bailarinos que ficam disponíveis justamente para isso: diminuir ao máximo nossos micos no rastapé.
SERVIÇO:
Centro de Turismo de Natal
Local: Rua Aderbal Figueiredo, 980 | Petrópolis | Fone: (82) 3211.6149
Horário: diariamente, das 8h às 19h
Entrada: gratuita
Como chegar: pegue o ônibus n. 56 (passagem R$ 2,00) que vai pela Via Costeira (beira-mar) e peça para descer o mais próximo do centro. O trajeto de táxi, vindo da praia de Ponta Negra (são 5 km) custa, mais ou menos, uns R$ 20,00.
Fotos: Sílvia Oliveira | Todos os direitos reservados.
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A visita ao Centro de Turismo de Natal faz parte da Expedição Brasil Express, by Matraqueando. Entenda o projeto.
Sil,
o que vc achou dos artesanatos locais? O preço era acessível ou meio superfaturado? Pergunto por pura curiosidade mesmo, porque eu fiquei impressionada com o preço de alguns artesanatos na feira de Ipanema no Rio. Eles calculam o valor como se comprássemos em dólar, pensando nos turistas internacionais.
Super, super, super acessível! Aliás, tô achando o Nordeste todo (por onde passei até agora) muito barato. Neste Centro de Turismo, com R$ 20,00 eu comprei um monte de coisinhas de renda, toalhinha de lavabo, camisetinha pra Mariana, meus imãs de geladeira, etc. Agora, no Rio, os preços realmente são hiper inflacionados. Para mim, a cidade trabalha com preços fora da realidade para o turista nacional! Abs!
Silvia, quando fui a Fortaleza também fiquei impressionada com os preços. Tudo muito barato, comprei vários presentes por lá. Mas um lugar que tem preços de gringos como o Rio de janeiro é Salvador. Dói no bolso.
Como carioca e frequentadora assídua de Salvador nos 3 últimos anos, realmente concordo com os valores inflacionados das coisas. Principalmente quando falamos em Ipanema e Pelô!
Porém, tb considero o Nordeste mais acessível aos turistas, estive em São Luiz e Barreirinhas – MA no ano passado, e vi artesanatos raros (palha de buriti) e lindíssimos, super em conta!
Como a minha próxima parada é Natal, já estou animada com a dica! Embora ainda não tenha encontrado brecha no roteiro para passar no Centro de Turismo. É que seguirei para S Miguel do Gostoso. =)
Amei as fotos!!!!
Olha, Natália, se seu destino é praia (ainda mais fora de Natal)… nem tente encaixar o Centro de Turismo no roteiro – a não ser que tenha muito tempo sobrando. O edifício é legal, o artesanato bacana… mas eu fui ali mesmo para comer o bolinho de macaxeira! 😀 Não chega a ser uma parada “obrigatória”, mas muito interessante. Para mim, fantástico – por sua construção aqruitetônica e importância histórica – é o Forte dos Reis Magos! (Ainda vou falar dele aqui!) Bjs!
Oi Sílvia, só um comentário em relação ao seu suco de Siriguela. Com certeza ele foi mal preparado, pois a siriguela é uma das frutas excelentes da região, eu sou de Recife, moro há 3 anos em Maceió, tenho família no RN e minha vida inteira sempre passei as férias nesse estado maravilhoso, e lhe afirmo que a fruta siriguela é maravilhosa, não só a fruta fesca, como seu suco, a caipirosca é fantástica. Nos estados do Nordeste, quem tem a melhor siriguela é o RN, já provei na PB, Pe e AL, nenhuma chega perto. Vale em uma próxima visita, testá-la novamente.
Acho que fizeram com a polpa da fruta e colocaram muita água. Não tinha gosto de nada! Vou tentar da próxima vez! Abs!
São muitas gostosas estas coisinhas do nordeste. Na culinária por exemplo, este bolinho de macaxeira acompanhado do queijinho coalho é perfeito.
Como conseguir fornecedores de artesanato para minha loja ?
olha estive no centro histórico é eu e meu marido em nossa viagem a Natal é comer o bolinho de macaxeira com camarão foi uma delícia já valeu a viagem. Se alguém souber a receita eu gostaria muito de tentar fazer porque não sei quando vou ter o prazer de comer outro bolinho de D.Lucia .Mari
Informações muito boas, mais por favor atualizar.
Blogs de viagem são datados, Francisco. Não dá para atualizar todos os posts o tempo todo. Quando eu voltar a Natal falaremos mais sobre a cidade! 😉
Olá, Francisco! Blogs são veículos datados, no cabeçalho de cada post está a data de quando ele foi produzido. Atualizar as nossas mais de 1.500 postagens é humanamente impossível. O leitor tem que ficar atento à data da publicação e informa-se melhor antes de ir, caso seja um post antigo e defasado. 😉
Passei parte das minhas férias em Natal, e passei por lá. Experimentei o bolinho de macaxeira e camarão: realmente uma delícia! Quem me atendeu foi a tia Lúcia, um amor de pessoa…
Que legal! 🙂