Café Colonial Wegner: opção farta e econômica em Brusque-SC

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Abre parêntese.

A última vez que me meti num café colonial famosim foi em Gramado, há três anos. Lembro-me que, na época, pagamos R$ 48 por pessoa (Hoje, está R$ 58 e crianças de 5 a 9 anos pagam metade). Nem cheguei a escrever sobre o lugar. Não havia nada que o desabonasse, aliás. Ambiente agradável, atendimento cordial e comida de qualidade.

Mas pelo valor cobrado a experiência ficou abaixo das minhas expectativas. Cinquenta pilas – por pessoa, repito – não é o que eu costumo pagar por pães, bolos e frios; basicamente a essência do cardápio. Enfim, não dava nem para chamar de momento-extravagância.

Fecha parêntese.

Preparando nosso roteiro a Nova Trento encontrei no Guia 4 Rodas (e só aqui, uma vez que não existem relatos na web sobre o lugar) uma sugestão de café colonial em Brusque, a 25 quilômetros da cidade onde foi erguido o Santuário Santa Paulina. A Confeitaria Wegner foi fundada há quase 70 anos e há 14 oferece o tal do café colonial considerado, depois fui saber, um dos melhores de Santa Catarina.

A princípio não levei muito em consideração a ideia de comer lá. Pelo valor que eu imaginava que iam cobrar preferia degustar uma boa comida alemã na região. Liguei na Wegner e, para minha surpresa, o regaço quituteiro estava R$ 28 por pessoa e crianças até cinco anos (idade da Mariana) não pagavam – preços de janeiro de 2014. Meu alarme interno soou, identificando imediatamente um lugar onde poderíamos ter um jantar digno sem gastar os tubos.

Pois foi muito melhor do que poderíamos esperar. Primeiro que o cardápio trouxe algumas surpresas e não se resumia ao que se pode esperar de cafés coloniais típicos. Havia lasanha (de alho – pense numa coisa BOA – e à bolonhesa), sopas e creme de aspargo – o pessoal lá é xique, bem!), sanduichinhos, molho de salsicha e até chucrute!

Curiosamente, não havia muita variedade de pães. Eram uns três tipos e dos tradicionais (pão de leite, de forma e torradas). No dia em que fui não havia minipão francês, por exemplo. Mas em compensação tínhamos salgadinhos como coxinha, bolinha de queijo, pasteizinhos e empadinha de palmito, além de diversos patês.

A mesa de doces estava radiante e era a estrela do lugar. Havia muitas opções como tortas, pudim, mousse, quindim, bolos, cucas, biscoitos e o tradicional Apfelstrudel, um folhado de maçã que nasceu na Áustria, mas acabou sendo incorporado à cultura alemã. O local ainda serve – incluído no preço – água, café, leite, chá, sucos (inclusive de uva integral).

Entendeu porque eu chamei a coisa lá em cima de regaço quituteiro? Não bastando o excelente custo/benefício, o ambiente era muito fofo e cheio de rococós. Destaque para os lustres, todos feitos com xícaras coloniais. E na entrada do café colonial tem a padaria Wegner propriamente dita. Dali você pode levar para casa diversos tipos de pães, entre eles o Pão Caseiro Escaldado, que já foi até premiado em concursos regionais.

A conta? R$ 56 para dois adultos e uma criança de cinco anos. Não cobram 10%, a gorjeta fica a seu critério. Não vou dizer que foi um achado porque é muito clichê. Mas que foi, foi!

SERVIÇO

Confeitaria Wegner Café Colonial

Local: Av. 1º de Maio, 514 – Bairro Centro – Brusque – SC

Telefone: (47) 3351-1206

Funcionamento: somente sábados, 14h às 21h. (A padaria abre todos os dias, a partir das 6h30)

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Fotos: Sílvia Oliveira (menos a 4ª que foi tirada pelo Raul).