Bonito, Mato Grosso do Sul | Por Fernanda Braga
Quando minha querida amiga Fernanda me contou que havia passado uns dias em Bonito, eu – imediatamente – a convoquei para fazer um relato para nós sobre a cidade, um dos destinos ecológicos brasileiros mais queridos (e caros!) do gênero.
Em dois dias estava tudo no meu e-mail – texto e lindas fotos. Só que eu, mais desnaturada impossível, demorei alguns meses para colocar a matéria no ar. Poizé, antes tarde do que… muito tarde!
Mas não se enganem, a Fer – mineirinha de Juiz de Fora – não é daquelas (como eu!) que saem descendo rio em cima de boia. Essa parte, digamos, difícil ela deixou pro maridão Henrique. Olhe só a saga ecológica-gastronômica dos dois! (Depois de conferir o relato, veja no portal Mala Pronta Bonito, considerado o maior site de turismo da cidade, todos os passeios com dicas de gastronomia, hospedagem e serviços essenciais para você aproveitar ao máximo sua estadia na região.)
Texto: Fernanda Braga | Fotos: Henrique Braga
“Acompanhei meu marido, o Henrique, a uma conferência científica em Bonito, MS, em outubro do ano passado. Ficamos por lá durante uma semana. Optamos voar pela Azul, que fez o trajeto Rio (Santos. Dumont) – Campo Grande em duas etapas: Rio-Campinas e Campinas-Campo Grande. Na ida, usamos a mesma aeronave (nem saímos dela em Campinas). Na volta foi preciso trocar de aeronave.
Foi muito bom voar no Embraer 190, uma aeronave confortável, com pessoal de bordo muito acolhedor. O céu estava “para Brigadeiro”, tanto na ida quanto na volta, e não tivemos o dissabor de enfrentar turbulências. Por haver comprado os bilhetes aéreos com certa antecedência, nós conseguimos que a viagem saísse por R$ 460,00 – ida e volta por pessoa.
De Campo Grande a Bonito, havia uma VAN da Vanzella Viagens e Turismo para nos conduzir a Bonito, um percurso de pouco mais de quase quatro horas, considerando uma parada no Posto/Restaurante/Artesanato Tuiuiú (BR 060, Km 03, Nioaque, MS).
Chegamos a Bonito sobre forte calor, mais de 35 graus, o que durou uns dois dias. Muitos amigos aproveitaram o fim de semana para os passeios: Balneário Municipal, flutuações no Rio da Prata ou Rio Sucuri, cavernas, Gruta do Lago Azul, etc.
Nós preferimos conhecer melhor o centro da cidade, com muitos restaurantes de comida típica pantaneira, carnes exóticas (jacaré, tartaruga, cobra, javali etc.) e peixes de água doce.
Pousada Chamamé, com diárias a partir de R$ 160,00 o casal: excelente custo-benefício.
Além disso, a rua principal – Rua Cel. Pilad Rebuá – e transversais possuem muitas lojas de artesanatos e de conveniências. A praça central também é bem simpática, com seu lago e esculturas de piraputangas, uma visão ainda mais interessante à noite, devido à iluminação apropriada. A cidade é quase plana e não é cansativo caminhar para conhecê-la.
O nosso hotel, a Pousada Chamamé, estava situado a menos de 15 minutos a pé do centro. É uma pousada nova, muito bem decorada, com quartos simples, mas confortáveis; e uma área de convivência muito bem decorada (jardim, bar, lago, piscina e churrasqueira).
Fernanda e Henrique pegaram dias de frio em pleno Mato Grosso do Sul.
No terceiro dia a temperatura caiu para menos de 15 graus. Ventava muito e a sensação térmica era de cerca de 10 graus. Ainda assim, muitos colegas fizeram os seus passeios programados, arriscando a contrair um bom resfriado, já que muitos fizeram flutuação (mergulho com snorkel) nas águas claras dos rios vizinhos.
No Restaurante Casa do João: o que sobrou da traíra.
Nos dias frios, nós ainda pudemos visitar o Restaurante Casa do João, especialista em traíras (a “vestida”, que tem acompanhamentos e a “pelada”, sem acompanhamentos). É uma excelente opção gastronômica, com muito profissionalismo e agilidade. Outra opção boa foi o Cantinho do Peixe com pratos muito saborosos, muquecas e o famoso caldo de piranha. Pena que demorou muito para sermos atendidos.
Flutuação nas águas cristalinas do Rio Sucuri: um dos mais translúcidos do mundo.
Faltando dois dias para partirmos, o tempo voltou a esquentar, mas sem as elevadas temperaturas dos primeiros dias. O Henrique chegou a visitar o Balneário Municipal com suas águas claras com muitas piraputangas, vegetação exuberante e ainda pôde avistar cutias, araras azuis e tucanos.
Por falar em animais, é muito comum avistar pelas estradas os veados campeiros, emas, avestruzes entre outras espécies da região.
Exclusivo: Henrique Braga na flutuação do Rio Sucuri.
O Henrique ainda teve coragem de ir à flutuação no Rio Sucuri – um passeio que lhe custou R$119,00 – incluindo o almoço. A flutuação é organizada pela equipe da fazenda, que possui um guia, veículo próprio para levar grupos de até 8 pessoas e roupas especiais (neoprene).
Há auxiliares que fotografam e filmam o passeio, uma documentação eletrônica que é “oferecida” depois em CD-ROM por R$ 40,00. Antes de entrar na água cristalina do Rio Sucuri – considerado um dos rios com as águas mais limpas e translúcidas do mundo – o grupo precisa fazer uma pequena caminhada na mata fechada, mas bem calçada.
Neste momento é possível avistar alguns animais (micos, por exemplo), árvores da região e a nascente principal do Rio Sucuri, cujo leito é de calcário e muito branco.
Detalhes do charmoso artesanato regional.
A água contém magnésio e não deve ser bebida pois desenvolve o intestino além do normal (você sabe o que isto quer dizer!). Na sede da fazenda é possível contratar ainda o passeio de quadriciclo, vôo panorâmico (R$ 450,00 para 3 pessoas), passeio a cavalo e visita a cachoeiras.
O local recebe milhares de turistas anualmente e, enquanto estávamos lá, vimos um grupo de umas 30 crianças norte-americanas que estavam aproveitando muito a vida na natureza e também iriam fazer a flutuação. Ah! Durante a flutuação é possível ver piraputangas, dourados e curimbas. O mergulho leva cerca de 50 minutos e o percurso é de cerca de 2 quilômetros. Imperdível.
Esperamos poder voltar a Bonito, a fim de fazer os outros passeios que não foram possíveis: visitas às cavernas, mergulho em caverna, flutuação no Rio da Prata, entre outros. Pra quem curte turismo ecológico, essa é uma opção que precisa ser vivida.”
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Valeu, queridos Fernanda e Henrique! O Matraqueando agradece o delicioso relato. Se não fosse por vocês, tão cedo não teríamos Bonito por aqui! 🙂
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Que deslumbrante essa 1ª foto, muito legal! Agora só falta a Fernanda descer o rio na bóia, hahahaha
Acho difícil a Fer descer rio em cima de boias… mas para Deus nada é impossível! hahaha!
Ah que legal!!! Silvia espero que vc não se incomode de deixar aqui um abraço bem especial pra Fernanda Braga, que qdo eu escrevi tbm foi supercarinhosa no comentário. Portanto meu abraço em retribuição. Ficou muito charmoso tudo! Adorei.
Carinha de mineira pra lá de simpática, uaiii…rsrs
Bjão
Nair e Fernanda, duas das sócias-fundadoras do Matraqeuando. Rá! 🙂
Estive duas vezes em Bontio e ainda quero voltar! Gostei muito do seu blog. Vou voltar mais vezes! Ah, e parabéns pela mate´ria do Inhotim.
Tenho muuuita vontade de conhecer Bonito e o Pantanal… mas a pergunta que não quer calar é: e os mosquitos??
Boa pergunta… e cadê a Fernanda, hein, pra responder???? Acho que ela nem viu que saiu o relato dela aqui ainda! Já mandei e-mail, mas acho que ela está viajando! 🙂
Bonito está agindo com cautela https://www.acquaviagens.com.br/dicas-de-viagem-em-bonito-ms/o-que-abre-e-o-que-nao-abre-em-bonito-em-01-de-junho/62
Achei simpática a anta. Não gostei da cabeça de peixe, mórbida. Breve aparecerei por lá.
Nossa, imagino como você deve ficar impresisonado com os ossinhos de frango – o cadáver – no canto do prato! 😉
Bonito é lindo… já fui duas vezes. Imperdível!
Tô me animando…
Nossa! Como ficou legal! Acho que vou mudar de profissão!!!!
De sócia- fundadora vou ser a chefa da Silvia.
Nair, um beijo grande para vc, e para todos os matracas.
Cris, não tivemos problema com os mosquitos. Para te falar a verdade eu nem vi isso por lá. Acho que é proibido eles picarem turistas. Mas isso pode ter relação com a época do ano e o clima do momento. Melhor garantir repelentes e um hotel que tenha boa infra-estrutura.
Sérgio, meu patrão eterno, agora vai viajar mais ainda, pois descobriu o matraca.
Beijo pros três.
Aleluuuia, você deu a ar da graça aqui!!!! Brigadão mais uma vez pelo relato!!! 🙂
Primaaaa!
sua viagem foi linda!!!!
bjos e saudades
Estivemos em Bonito em fevereiro. Admirei a organização da cidade, pois quase tudo o que se visita é propriedade particular. No entanto, não se pôe o pé em lugar algum sem um voucher e a companhia de uma guia. Nota 10 para uma cidade que passou por cima dos interesses particulares e conseguiu criar um esquema que organiza o negócio para todos e garante a preservação da cidade. Inconveniente foi o frio na flutuação do Rio Sucuri..minha filha que magrelinha não aguentou, o corpo esfriou rapidinho apesar da roupa apropriada para mergulho. Mas, como havia um barco acompanhando o tempo todo, ela pode continuar a travessia olhando de cima…
Amei ver meus queridos desfrutando das maravilhas de Bonito que é um dos lugares mais lindos do Brasil, sem sombra de dúvidas. Amei mais ainda, ler esse texto escrito por minha amiga queridíssimaaa, ai Fê, amei mesmo.
Nos meses de maio a agosto,Mato grosso do sul,não é frio, mas pode fazer frio e muito com entradas de massa polar oriundas do sul pode-se beirar o zero grau durante a noite,principalmente na região de fronteira com o Paraguai onde os turistas vão até a cidade de Ponta porã a foz do iguaçu do MS,lá já chegou a temperatura abaixo de zero em 1975: 6 graus negativos, 1988: 8 graus negativos.Neste ano morreu muito gado de hipotermia na região mais isso só acontece quando da entrada de massa de ar polar na região,no geral o clima é tropical.
boa tarde, estou em duvida de ir agora em março para BONITO, pois sou uma pessoa muito friolenta , adoro agua , em uma temperatura agradavel, 27 a 30 grau… acho que irei novamente para o nordeste,,,,,gostaria de saber a opinião de vcs….obrigado
Fui algumas vezes a Bonito, duas no inverno e me dei bem pq estava quente. Os guias explicam que as águas dos principais rios, nos quais a gente desce flutuando, estão sempre entre 22 e 24° graus. Fico sempre no BONITO Hostel que é completo com excelente atendimento e muito barato, transporte compartilhado em vans.
Ola, Silvia e Fernanda!
Muito obrigada pelas dicas!
Talvez Bonito seja meu proximo destino das ferias – entao ja estou dando uma espiada por aqui…
Abraco!
Juliana
P.S. Desculpem os erros, meu teclado esta todo desconfigurado e nao consigo achar os acentos e pontuacoes…
Estivemos em Bonito entre os dias 30/06/2014 e 07/07/2014. Chegamos em Campo Grande com uma frente fria, com uma temperatura de 10ºC. Optamos ir para Bonito por Aquidauna, mais longe que por Sidrolândia. As estradas são boas, apesar de ser de mão dupla. Nos dois primeiros dias em Bonito o clima estava agradável durante o dia e frio (mesmo) à noite, no decorrer da semana a temperatura aumentou e ficou mais fácil entrar na água. Como estávamos com tempo, fizemos todos os passeios sem correria. Cada passeio tem a sua peculiaridade e beleza própria. Se fosse para escolher apenas um elegeríamos a flutuação no Rio da Prata. Porém gostamos de todos. Fizemos o mergulho (batismo) na Lagoa Misteriosa, Buraco da Araras (fomos bem cedinho e vimos várias Araras) Boca da Onça, Gruta Azul, Rio do Peixe, flutuação na nascente do Sucuri, Gruta São Miguel, Ceita Corê e Balneário Municipal. O sistema de vaucher único é eficiente, porém caro. Um destino ecológico como Bonito tem que ser preservado e a imposição de limites diário de visitação são uma boa alternativa para não degradar o meio ambiente. Apenas duas ressalvas quanto aos passeios, fomos ao balneário Municipal em dia de jogo do Brasil com a expectativa de ficar o dia todo e assistir o jogo lá, porém o parque fechou às 13:00 e não fomos informados pela operadora, nem na entrada e ficamos surpresos quando fomos convidados a nos retirar. No último dia nossa opção era a flutuação no Aquário Natural, mas como era um domingo estava fechado e, a operadora também não nos informou com antecedência.
Quanto a alimentação há várias opções de cardápios, preços e sabores. Gostamos muito do filé de Tilápia com molho de Guavira do restaurante Tapera e dos Wraps e pizzas do ZAPI ZEN (Rua Senador Filinto Muller, 575 uma travessa da avenida principal – https://www.facebook.com/pages/Zapi-Zen), além da qualidade dos produtos que eles preparam a atenção e o carinho da Tania e dos seus filhos são um diferencial.
Outra boa alternativa para as noites em Bonito é bater um papo sobre a história local com a Fernanda na Casa da Memória Raída (cujo nome é uma homenagem à sua avó personagem da colonização da região) um mix de museu e boutique (Rua Vinte e Nove de Maio – travessa da avenida principal – http://casadamemoriaraida.blogspot.com.br/).
Para completar a viagem, no retorno a Campo Grande, vimos um Tuiuiú que estava um pouco distante do pantanal.
Obrigada pelo relato!
Legal! Sempre vou para Bonito com a agência Acqua Studio. Super recomendo acquaviagens.com.br/
É um lugar deslumbrante! Parabéns pelo artigo.